BODEGA LITERÁRIA

BIBLIOTECA

O Senhor dos Anéis - A sociedade do anel (Volume 1)

2/14/2015

 
Editora: Martins Fontes
Ano: 2ª Edição, 2000. 
Páginas: 434
Imagem
       Neste livro, dividido em duas partes, conta-se como foi originada a Sociedade do Anel, comitiva criada originalmente por Elrond em Valfenda para ajudar Frodo a levar o "UM ANEL" para as profundezas da Montanha da perdição e destruí-lo, uma vez que seu senhor e dono, Sauron, está prestes a retornar suas forças e com isso dominar toda a Terra Média. 

      A primeira parte desta obra conta exatamente isso, como Frodo, junto com Samwise Gangee, é tido como o portador do Anel por herança de Bilbo, seu tio e parente próximo, e como ele é designado com a ajuda de Gandalf a chegar até Valfenda, onde daí se é criada a sociedade junto com o andarilho Aragorn, Passolargo, filho de Arathorn e verdadeiro herdeiro de Gondor, o anão Gimli, filho de Glóin, o elfo Legolas, Folha Verde, o guerreiro Boromir, da Casa do Gondor, e os hobbits:  Samwise Gamgee,  Meriadoc Brandybuck e Peregrin Took.


      Na segunda parte é contado como essa sociedade é desfeita e como Frodo é levado a mudar de rumo e abandonar seus amigos para conseguir cumprir suas missão e chegar até o fogo da montanha da perdição. Além disso, durante todo o enredo, vemos como eles serão testados pelas forças sombrias do anel, os nove cavaleiros andarilhos, e os poderes de Saruman, o mago branco que mudou de lado no inicio dessa guerra que acabou de começar. 


       Tolkien nesse livro irá nos apresentar a Terra Média, seus personagens, costumes e um apanhado de características geográficas que farão com que nós leitores, nos acostumemos a imensa variedade de detalhes que nos abrirá os olhos para um novo mundo numa história totalmente atemporal. O Ilustrador da segunda edição da obra, Geoff Taylor, foi bem prático em nos mostrar o ambiente emocional em que essa primeira parte da história é retratada, sendo a ilustração da capa em cores leves, claras e mostrando a comitiva caminhando pelas florestas, essas ainda com uma cara de hospitalidade. Dentro do enredo é possível encontrar diversos poemas,sobre histórias de heróis e momentos de descontração, significando que esse tipo de coisa remonta uma cultura medieval para se registrar os fatos históricos acontecidos nesse período. 

        Sendo assim, Tolkien nos convida em seu primeiro volume de O senhor dos Anéis, a conhecer sua narrativa continuativa sobre as histórias da Terra Média, sendo que o Senhor dos Anéis se trata de uma leitura mais densa, robusta e madura, diferente de O Hobbit que possuí um tom mais convidativo e infantil. 


Por Rodolfo Vilar

0 Comments

O Mar - John Banville

2/7/2015

 
Imagem
Editora: Biblioteca azul
Ano: 2014
Páginas: 227
Escrito pelo irlandês John Banville, O mar, vencedor do Man Booker Prize em 2005, costura memória e ficção de modo indissociável, investigando as sensações em suas reveladoras minúcias, e em um inventário infinito que quase prescinde ― como modernamente se prescinde ― do fio narrativo ele mesmo. Desenvolvido de modo relutante em primeira pessoa (Banville tentara, antes, a terceira pessoa), a do crítico de arte Max Morden, que oscila de modo irregular entre passado e presente, infância, idade adulta e velhice, entrelaçados às visitas a The Cedars, casa de veraneio alugada por seus pais em Ballyless, local imaginário na Irlanda, nas duas partes em que vem dividido o romance.

Embora haja idas e vindas temporais, o livro é a memória do homem já idoso, após perder a esposa Anna: o tempo se distende para englobar a infância repleta de um fulgor selvagem, o peso emocional e existencial desconcertante do período da doença da mulher, para encontrar Morden revisitando The Cedars com a filha Claire, e para registrar o período final com Mme. Vavasour e seu inquilino, um coronel aposentado, em momentos que proporcionam não apenas ajustes emocionais entre os personagens, mas memórias proustianamente disparadas pelos sentidos. Referências à arte perpassam o livro, ilustrando a percepção do personagem principal, mas há sobretudo a obra de Pierre Bonnard, a favorita de Morden, aludida em toda parte, criando um paralelo entre arte e vida mais complexo do que o velho clichê.

Assim, Morden rememora longamente o despertar erótico na infância, ligado à família Grace, que também frequentava The Cedars: o pai Carlo, um tipo caracterizado quase como um sátiro (“marido caprino”, Banville descreve a certa altura), a mãe Connie, voluptuosa e de uma vulgaridade sensual, os filhos maliciosos e naturais, Chloe, Myles (gêmeos, e o garoto, mudo), e Rose (como uma babá das crianças), pessoas de classe média alta a quem o mais pobre Morden chega a se ligar por laços de amizade e amor, e a quem acompanha nos passeios de família no litoral. Banville constrói e desenvolve suas cenas com apuro visual em descrições e comparações, claramente empenhado em tornar visíveis para o leitor suas notáveis paisagens imaginárias, dotadas de um realismo sensorial que se pode dizer poético, pela concisão e pela imaginação de seus métodos.

O mar assume papel múltiplo e opera como um personagem: é tanto o condutor da narrativa líquida e aparentemente informe, como também é o receptáculo daquelas presenças, e as reúne numa espécie de momento mágico que se estende da juventude à velhice, quando a agitação da vida cede a uma solidão de encontro com fantasmas. O mar é ambas as coisas, assim: solar e terrível na infância, e companheiro outonal da velhice de Max Morden, fazendo eclodir também um mar de memórias que compõe prazer e tragédia, na duvidosa exatidão do passado na memória.

Por Rodolfo Vilar
Fonte: Skoob. 




0 Comments

O pequeno Príncipe - Antoine de Saint-Exupéry

2/4/2015

 
Editora: Agir
Ano: 2009
Páginas: 93
          O Pequeno Príncipe, devolve a cada um o mistério da infância. De repente retornam os sonhos. Reaparece a lembrança de questionamentos, desvelam-se incoerências acomodadas, quase já imperceptíveis na pressa do dia-a-dia. Voltam ao coração escondidas recordações... O reencontro, o homem-menino.


         Este obra está mais para um grande livro de lições de moral que para um livro de crianças. Saint-Exupéry consegue através de metáforas tão lindas e simbólicas mostrar o poder de coisas esquecidas - uma amizade, uma observação, o amor, a gentileza. 


        Confesso que li este livro num momento bem oportuno de minha vida. Era inicio de ano, meus sentimentos estavam renovados, havia conhecido pessoas novas. Foi como se a lição de moral impregnada nesse livro fosse capaz de tomar formas nas novas possibilidades que estavam surgindo. Só sei que chorei. Chorei bastante quando cheguei ao final dessa obra. Foi como se eu estivesse caindo de um grande penhasco na realidade que a vida nos oferta. 


       Ler o pequeno Príncipe é um convite a tirar dos olhos a venda que a gente carrega. É um convite a voltar a enxergar nas pequenas coisas singelas da vida, os grandes momentos que podem ficar marcados eternamente caso a gente deixe despercebido por tanto tempo. 

Imagem
0 Comments
Forward>>

    NAVEGUE POR CATEGORIAS!

    Para facilitar sua procura, busque abaixo na lista o nome do autor que você procura. 

    AUTORES

    All
    Agatha Christie
    Albert Camus
    Alice Walker
    Amanda Lindhout
    Amazon
    Andre Aciman
    Andre Gorz
    Andy Weir
    Antoine De Saint-Exupéry
    Bernard Cornwell
    Caio Fernando Abreu
    Chad Kultgen
    Charles Bukowski
    Charles Dickens
    Chinua Achebe
    Chris Cleave
    Clarice Lispector
    Dan Gemeinhart
    Daniel Galera
    DesafioInfinito
    Donna Tartt
    Dostoiévski
    Douglas Adams
    Dyonélio Machado
    Edgar Alan Poe
    Elizabeth Strout
    Enrique Vila Matas
    Erico Verissiimo
    Ernest Hemingway
    Felipe Barenco
    Fernanda Montenegro
    Fernando Gabeira
    Flanerry O'connor
    Fred Vargas
    F. Scott Fitzgerald
    Gabriel Garcia Marquez
    George Bataille
    George Orwell
    George R.R. Martin
    Graciliano Ramos
    Gregório Duvivier
    Henry James
    Herman Melville
    Hermann Hesse
    H.G. Wells
    Hilda Hilst
    Holly Black
    Homero
    Ilana Casoy
    J K Rowling
    João Guimarães Rosa
    João Guimarães Rosa
    João Ubaldo Ribeiro
    Joaquim Manuel De Macedo
    John Banville
    John Green
    John Steinbeck
    Jorge Amado
    Jorge Luis Borges
    Jose De Alencar
    Jose Lins Do Rego
    Joseph Heller
    José Saramago
    José Saramago
    Júlio Verne
    Karl Ove Knausgard
    Ledo Ivo
    Léonor De Récondo
    Lev Tolstói
    Lev Tolstói
    Ligya Fagundes Telles
    Lisa Genova
    LS Hilton
    Luciana Pessanha
    Lyra Neto
    Machado De Assis
    Margaret Atwood
    Michael Cunningham
    Michelle Falkoff
    Natalia Ginzburg
    Nelson Rodrigues
    O Hobbit
    Olga Tokarczuk
    Peter Straub
    Philip Roth
    Pierre Boulle
    Rafael Montes
    RAUL POMPEIA
    Ray Bradbury
    Robert Louis Stevenson
    Samantha Hayes
    Sarah Butler
    Seth Grahame Smith
    Shirley Jackson
    Silvia Plath
    Stefan Zweig
    Stella Caymmi
    Stephen King
    Susan Hill
    Susanna Clarke
    Suzzane Collins
    Taiye Selasi
    Thomas Mann
    Tolkien
    Victor Hugo
    Vinicius De Morais
    Virgínia Woolf
    Virgínia Woolf
    William Faulkner
    William Gibson
    William P. Blatty

    RSS Feed

    NÃO TEM O SEU AUTOR AQUI? NOS INDIQUE LEITURAS! 

    Se você procurou algum título ou autor e não encontrou aqui, deixe-nos sua indicação através de um dos links abaixo. No e-mail, nas redes sociais ou nos comentários

    CONHEÇA TAMBÉM:

    JOSÉ SARAMAGO
    -  KARAMÁZOV    -
    DESAFIO INFINITO
    --    ODISSÉIA     --
    Para entrar em contato conosco, utilize o link abaixo e preencha seus campos de email.

    ARQUIVOS

    April 2021
    December 2020
    November 2020
    October 2020
    September 2020
    August 2020
    July 2020
    June 2020
    May 2020
    April 2020
    March 2020
    February 2020
    January 2020
    December 2019
    November 2019
    October 2019
    December 2018
    November 2018
    September 2018
    August 2018
    June 2018
    May 2018
    April 2018
    March 2018
    February 2018
    January 2018
    December 2017
    October 2017
    September 2017
    August 2017
    July 2017
    May 2017
    April 2017
    February 2017
    January 2017
    December 2016
    November 2016
    October 2016
    September 2016
    August 2016
    July 2016
    June 2016
    May 2016
    April 2016
    March 2016
    February 2016
    January 2016
    December 2015
    November 2015
    October 2015
    September 2015
    August 2015
    July 2015
    June 2015
    May 2015
    April 2015
    March 2015
    February 2015
    January 2015
    December 2014
    November 2014
    October 2014

Powered by Create your own unique website with customizable templates.
  • BODEGA LITERARIA
    • BIBLIOTECA
    • PROJETOS >
      • DIÁRIOS DE LEITURA
      • RAIZES LENDO BRASILEIROS >
        • Raízes: Lendo Brasileiros (2016)
        • Raízes: Lendo Brasileiros (2020)
      • Saramago: Uma inspiração
    • BODEGAWEEN
    • Epi Logo Existo
    • A BODEGA
  • BODEGA LITERARIA
    • BIBLIOTECA
    • PROJETOS >
      • DIÁRIOS DE LEITURA
      • RAIZES LENDO BRASILEIROS >
        • Raízes: Lendo Brasileiros (2016)
        • Raízes: Lendo Brasileiros (2020)
      • Saramago: Uma inspiração
    • BODEGAWEEN
    • Epi Logo Existo
    • A BODEGA