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Graça Infinita (D.F.W.) - Diário de Leitura - Introdução

3/9/2015

 
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          É a primeira vez aqui no blog do Bodega que começarei a fazer diário de leitura à respeito de apenas um livro. E tudo começou por uma boa causa, afinal de conta estamos falando nada menos, nada mais que ... (som de tambores) GRAÇA INFINITA de David Foster Wallace. Sim, aquele livro enorme que parece a bíblia. 
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                       Tudo começou quando a Tati Feltrin - lá do Tinny little things - postou em seu instagram a foto desse gigante que somente pela sua capa já me chamou atenção. Só depois que ela fez resenha em seu canal, falou tão bem do livro e comecei a participar do Bomm  que esse livro causou, foi que decidi passar um mês de fome e comprá-lo para leitura. (Ele agora é o livro mais caro da minha estante)

                     Aí é que está. Por se tratar de um livre ENORME de grande, é preciso um pouco de espírito motivador para dar conta desse monstro. Foi nessas caçadas pelos blogs que descobri o post do site Posfácio. Lá eles promoveram o desafio Verão Infinito, chamando toda a galera para ler o livro em conjunto dentro do prazo estipulado, sendo 90 páginas por semana e fazer cometários e conspirações sobre o processo de leitura. Achei super divertido e quis entrar na brincadeira, mas do meu jeito. Como estudo e tenho compromissos com a faculdade - provas, aulas, TCC - e também não quero me prender apenas ao Graça infinita, afinal de contas tenho outras leituras também, decidi que tentarei ler as 90 páginas por semana e somente depois dessas 90 páginas lidas é que entrarei aqui no blog e faço comentários à cerca do que li. Prometo tentar seguir o ritmo, mas lembrando que SÓ HAVERÁ POST DEPOIS DAS 90 PÁGINAS LIDAS COM SUCESSO. 

                 Assim que recebi o livro fiquei com muitooooo medo. Sério mesmo. Primeiro porque os comentários sobre ele são de arrepiar. Sempre esteja com post-it do lado. Sempre tenha um caderno para anotar tudo porque é difícil decorar personagens e etc. São muitas notas de rodapé. O livro tem um enredo super desconcentrado. BláBláBlá. Então simplesmente fechei meus ouvidos e resolvi dar de conta desse moleque. 

               O que sei sobre o livro é que ele realmente possui um enredo desconcentrado. É como um grande livro de crônicas, narrativas que ao todo montam uma história. Sei também que é importantissímo ler as notas de rodapé porque elas constituem parte da explicativa da narração. E sim, estou com meu caderninho pronto. 

             Sobre o enredo sabemos que:  Os Estados Unidos e o Canadá já não existem: eles foram substituídos pela poderosa ONAN, a Organização de Nações Norte Americanas. Uma enorme porção do continente se tornou um depósito de lixo tóxico. Separatistas quebequenses praticam atos terroristas e a contagem dos anos foi vendida às grandes corporações. Graça infinita foi o último grande romance do século XX e, como o Ulysses de James Joyce, teve um impacto duradouro e ainda difícil de ser aferido. Ora cômico, ora doloroso, ele encapsulou uma geração ligada à ironia e ao entretenimento, mas desconectada da imaginação, da solidariedade e da empatia. No romance, seguimos os passos dos irmãos Hal, Orin e Mario Incandenza membros da família mais disfuncional da literatura contemporânea , conforme tentam dar conta do legado do patriarca James Incandenza, um cientista de óptica que se tornou cineasta e cometeu suicídio depois de produzir um misterioso filme que, pela alta voltagem de entretenimento, levava seus espectadores à inanição e à morte. Enquanto organizações governamentais e terroristas querem usar o filme como arma de guerra, os Incandenza vão se embrenhar numa cômica e filosófica busca pelo sentido da vida. Graça infinita dobra todas as regras da ficção sem jamais sacrificar seu próprio valor de entretenimento. É uma exuberante e original investigação do que nos torna humanos e um desses raros livros que renovam a ideia do que um romance pode ser.


          Minha organização de leitura e quando haverá postagens sobre o livro ficaram da seguinte forma: 


         Parte I do diário: Págs 5 a 94 (Começando a leitura a partir de amanhã, dia 10 de março)
         Parte II do diário: Págs 95 a 185
         Parte III do diário: Págs 186 a 276
         Parte IV do diário: Págs 277 a 366
         Parte V do diário: Págs 367 a 457 
         Parte VI do diário: Págs 458 a 548
         Parte VII do diário: Págs 549 a 638
         Parte VII do diário: Págs 639 a 729
         Parte IX do diário: Págs 730 a 820
         Parte X do diário: Págs 821 a 910
         Parte XI do diário: Págs 911 a 1002

        As anotações estarão marcadas com a Tag #DesafioInfinito na aba Então, eu li. A divisão encima estará marcada após cada término das sessões que dividi junto com o post da parte. Assim ficará fácil para cada um acompanhar. 

         Animados? Eu estou!  \0/ 
        Que comece o #DesafioInfinito 


Por Rodolfo Vilar
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Rose Madder - Stephen King

3/9/2015

 
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Editora: Ponto de Leitura
Ano: 1995
Páginas: 634
                  Sinopse:  No dia em que saiu de casa, dando as costas a um casamento de 14 anos, Rosie sabia que não seria fácil escapar do marido. Norman Daniels é um policial experiente, irascível e violento. Mas preferiu arriscar. Depois de 14 anos de torturas diárias e violências sexuais, vendo seus sonhos destruídos pela loucura cruel do marido, não tinha nada a perder. Ao fugir, levou apenas o cartão de banco de Norman e o desejo de desaparecer. No entanto, ela sabia que estava entrando em uma guerra sangrenta que lhe poderia ser fatal. 

                  Minha Opinião: "A história de uma mulher que acreditou que o mais forte nem sempre vence." Essa frase está na capa traseira do livro e digo que é a pura verdade. E lá vem Stephen King com a história de mais uma mulher forte, guerreira, capaz de quebrar o seu cotidiano para conquistar o seus sonhos. A história começa quando numa manhã, após descobrir uma gota de sangue no lençol e não querer apanhar por causa disso, Rose (que depois muda seu nome para Rosie) sai de casa apenas com sua pequena bolsa, o cartão do marido e a coragem em querer mudar de vida e abandonar aquela vida miserável que cansou de viver. Após mudar-se de cidade, conseguir ajuda nas F&I e conseguir um bom emprego - quem sabe até um novo amor - Rosie agora se vê fugindo novamente do seu marido Norman - o mesmo nome do carinha do Psicose? - que agora está mais violento que nunca e quer vingar-se pela besteira que sua mulher fez: sair de casa com seu cartão.
              King conseguiu me prender bastante com esse enredo, a maneira como ele descreve a flagelada Rosie e sua sede de vontade de mudar de vida. Daí chega uma parte em que o Stephen meteu mitologia grega na história para explicar alguma coisas - e ajudar no final com outras - que a história ficou tão Zzzz que li na maior velocidade. Okay que isso foi necessário para algumas explicações. Okay que isso foi necessário para o desfecho final. Mas pra quê quebrar um enredo tão realístico, com um tema tão polêmico, e colocar minotauros, pinturas que viram portais e etc? Apenas minha opinião. 
             Adorei as referências no livro - principalmente a do Psicose -, adorei a forma como o enredo é construído mostrando uma parte o lado de Rosie e sua nova vida, enquanto do outro a maneira como seu marido pensa para chegar até ela. Adorei as jogadas estratégicas para fisgar o leitor, como por exemplo o significado de Rose Madder. O livro é simplesmente sensacional, assim como qualquer coisa que King escreva.  Foi um prato cheio do que eu gosto e uma boa dica para aqueles que procuram algo diferente daquilo que ele está acostumado a escrever. 
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Catch-22 (Ardil 22) - Joseph Heller

3/2/2015

 
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Editora: Record
Ano: 1980
Páginas: 462
            Eu me peguei bolando de rir e depois me senti culpado por isso. Yossarian se tornou o personagem mais engraçado que já li até agora - em 2015. 

            Catch-22 (ou Ardil-22) é um protocolo bem peculiar para aqueles que querem se livrar do oficio da guerra, se tornando até algo... Impossível. Segundo o livro:

"Só havia um ardil e este era o Ardil 22, que dizia que a preocupação com a própria segurança, em face de perigos reais e imediatos, era o processo de uma mente racional. Orr estava doido e podia ter baixa. Tudo o que ele tinha a fazer era pedir. Mas, assim que pedisse, não estaria mais doido e teria que voar em novas missões. Orr seria doido se voasse em novas missões e são se não o fizesse. Mas se estivesse são, teria que voar novamente em missões de combate. Se voasse, então estaria doido e não teria que fazê-lo. Mas, se ele não quisesse fazê-lo, então estaria são e teria que fazê-lo."
            
         Tá, sei que foi complicado de entender, então isso se torna mais um motivo de você pegar o livro e lê-lo, uma vez que todo esse tema gira em torno das quase quinhentas páginas de um humor delicioso e atroz. 

        Nesse enredo conhecemos John Yossarian, um piloto americano de bombardeiros e membro do "256.° Esquadrão" dos Estados Unidos, sendo que toda a história se passa na ilha fictícia de Pianosa, na Itália. Seu único objetivo é escapar com vida. Para isso ele utiliza da estratégia de se dizer louco e conseguir um atestado para que possa regressar a sua casa. Mas como fazer isso se temos como impedimento o Artigo 22? Daí que começa a graça do livro. A única solução que resta para Yossarian e seus amigos é completar as missões que são assumidas e assim conseguir regressar são e salvo. Mas como conseguir isso se as missões são aumentadas toda vez que os soldados estão perto de completá-las? 

        Joseph Heller deu inicio a seu livro escrevendo sobre biografias fictícias de soldados que participavam da guerra. Como o próprio autor já participou da guerra, se tornou fácil falar sobre o mundo por trás das infantarias e o processo de gestão ante a guerra. Não, precisamente esse não é um livro que vai narrar sobre guerras, Hittler ou algo do tipo, mas sim o relacionamento entre os soldados e os seus supervisores. Existem muitos personagens engraçados nesse livro, como por exemplo o Médico Daneeka que sempre vive se perguntando o que há de errado com ele; Os vários Tenentes e Majores com suas características próprias (Como o Major Major, ri muito com ele) e muitos outros. O livro é cheio de Dejá vus, sendo que é bem possível ler algo no inicio do livro que somente será explicado com mais detalhes lá no meio ou final da história. 


    O que eu digo é que vale muito a pena!  Catch-22 nada mais é que um romance satírico a cerca dos problemas da guerra, a subordinação através do poder e a prática irregular de atividades além da guerra. Cercado por romances, piadas de bolar de rir e um enredo bem construído, Joseph Heller consegue prender o leitor ao riso e ao sentimento de culpa por estar tão desfamiliarizado com o tema. 


    O Livro tem uma adaptação para o cinema e você pode conferir o trailer aqui em baixo. 
   
       Além disso tem no youtube um documentário com o Joseph Heller falando sobre o processo de escrita de Catch- 22. Confira o vídeo abaixo:
Por Rodolfo Vilar
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