BODEGA LITERÁRIA
BODEGAWEEN (ANO I)
Primeira edição do especial de Halloween.
Segundo uma pesquisa realizada nos Estados Unidos, país em que é disseminado a cultura de singles individuais e transmissão dos principais sucessos pela rádio do estado - e com isso a valorização dos charts - foi visto que a taxa de suicídios aumentou conforme novas músicas dramáticas passaram a surgir desde a década de 30, após o período de guerra. É Assombroso saber disso não é mesmo? Ficaríamos nos perguntando como estariam as pessoas que escutam diariamente os álbuns da Lana, esses que são repletos de músicas melancólicas e que falam sobre casos de amores perdidos, o poder do homem sobre a mulher e a violência que uma paixão pode causar em alguém. Lembro-me da primeira vez que ouvi as músicas da Lana, quando um amigo me apresentou o Born to die com as seguintes palavras “O Álbum é bom, a cantora é ótima, mas é preciso saber dosar em que quantidade você vai ouvi-la”. Sei que isso foi uma piada sem noção, mas acredito que como eu, os ouvintes da Lana sempre associaram suas composições com os fatos do cotidiano de suas vidas. Uma apaixonite sem sentido. Um namoro acabado. Alguém que você quer e mesmo assim não é bom o suficiente para você. O trágico martírio em estar apaixonado e todos aqueles clichês que se relacionam a melancolia, a estar sozinho e sofrer de alguma forma. Um bom exemplo dessa associação de músicas melódicas com suicídios foi o caso do cantor húngaro chamado Rezso Seress. Seress após levar um pé na bunda da sua namorada em 1933 e passar por um momento de fossa, compôs junto com seus amigos a música chamada “Glommy Sunday” ou “Domingo Sombrio”. A música não se tratava apenas do termino do seu namoro, mas também da situação social em que o mundo se encontrava naquela década, além é claro das previsões apocalíticas que surgiam sempre que diziam a respeito do fim do mundo. Todo o seu álbum é impregnado disso. “Glommy sunday” foi acusada por mais de 100 casos de suicídio na Hungria, tendo que ser proibida a sua divulgação no país. Só então em 1936, quando todos estavam curiosos em conhecer a tão famosa música suicida, Billie Holliday a regravou e transmitiu nas rádios americanas. Mesmo assim a música teve que ser banida das rádios e até mesmo a BBC a achou “deprimente demais” para ser reproduzida. Anos mais tarde após ser preso por nazistas e conseguir fugir, Seress tentou reconciliar com sua namorada mas a encontrou morta por envenenamento e ao seu lado se encontrava nada menos que a letra da tão famosa música. Em seguida ele entrou em um hospício, mas suicidou-se pulando da janela do seu quarto. Com tal fama a música foi regravada por vários artistas como Ozzy Osbourne em 1980 e até mesmo virou filme no inicio do século XX com o título de “Domingo sombrio – Uma música de amor e morte”. Confira o vídeo abaixo: Ainda bem que isso não chegou a acontecer com nossa querida Lana. Mas corte o pulso aquele que não relacionou “Blue Jeans” com seu namoro acabado. Não podemos nomear Lana del Rey como a cantora que motiva suicídios, mas podemos dizer que ela leva o nome da cantora mais melodramática, não somente pelas suas composições mas também pela sua voz, que ajuda a compor o espírito daquilo que sua música quer nos transmitir – como por exemplo “Yayo” em seu segundo disco e no mais recente “Old Money”. Outros exemplos de músicas dramáticas ou mesmo que falam sobre suicídios em suas letras e que geraram polêmica foram: New Order com “The Perfect Kiss” , Radiohead com “No surprises”, The Telescopes com “Suicide” e The Smiths “Asleep” sim aquela mesmo que é dado como exemplo no livro “As vantagens de ser invisível” e é a preferida do personagem Charlie que todos amam. Okay, então você achou que iria acabar esse artigo sem mostrar a tão famosa música suicida? Não mesmo né! A seguir escute “Glommy Sunday” nas versões de Rezso Seress e Billie Holliday e cuidado para não fazer besteiras mocinho! Além disso quero saber de vocês, qual música da Lana - ou não - te deixa triste/depressivo/suicida? Rs. Versão original de Seress: Versão com legenda cantada por Billie: Fonte: Blog Assombrado e Botequim de ideias. Por Rodolfo Vilar
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Apresentação
Livro 1: A Volta do parafuso Livro 2: O Médico e o Monstro Livro 3: Joyland Livro 4: O Exorcista Livro 5: Os Mortos Vivos Livro 6: O Homem do Avesso Livro 7: Serial Killers Livro 8: O Vilarejo e Dias Perfeitos Resumo do Bodegaween arquivostags e edições |