#DESAFIOiNFiNiTO
Obs: Post referente as páginas 94 à 184. Flashback: Antes de mais nada, se você ainda não sabe do que se trata esse diário de leitura, entre nos links logo abaixo para entender do que se trata o #DesafioInfinito, saber mais sobre a sinopse do livro e o que aconteceu anteriormente na semana passada. Okay? Introdução ao #DesafioInfinito Parte I do #DesafioInfinito Playlist no Youtube do #DesafioInfinito Entendimento dos núcleos: Sim, a partir de mais de cem páginas lidas começamos a entender um pouco como funciona os núcleos de Graça Infinita. Como já sabemos desde o inicio, eles são vários. Mas podemos citar alguns mais importantes, esses que desenrolam no que basicamente a história vai tramar. Em outros vemos apenas personagens sendo citados, histórias sendo contadas. Como você estar na presença do próprio autor, numa mesa de bar tomando um chop, e ele a lhe contar pequenos relatos da vida (quem sabe os causos dele mesmo). Sendo assim, quero destacar os principais núcleos presentes nesse livro que contribuem com a construção do enredo que pelo que sabemos de antemão, se construirá mais a frente. A Academia de Tênis Enfield (ATE): David Foster Wallace nos apresenta diversos personagens, secundários ou não, que nos mostrarão através de seu cotidiano – um pouco excêntrico – o mundo paralelo que ocorre na escola de Tênis onde a própria família Incandeza vive e muitos estudantes (Internatos) passam a maior parte do tempo. Citar personagens aqui se torna uma tarefa um pouco complicada, porque eles são vários e ainda se torna um pouco complicado se fazer amizade com eles ao ponto de decorar seus nomes – por isso mesmo o uso de post its, marcadores e caderninho é essencial. Sabemos que nessa escola o tênis é a principal atividade a ser estudada – além da cinegrafia e do entretenimento, onde através do Mario e Hal Incandenza vemos que existem diversas matérias sobre o assunto a serem estudadas – e que dai se constrói a carreira profissional de cada estudando que passa por esse local. Por isso mesmo vemos que nos bastidores pode rolar até mesmo uma espécie de “corrupção” e uso de suborno para que alguns desses alunos sempre se tornem os melhores – como por exemplo, acontece com o Michael Pemulis e seu comércio de “Xixi limpo” para os exames antidopings. Casa Ennet: Logo ao lado da ATE se localiza a Casa de Reabilitação ao uso de drogas e álcool (sic) Ennet. Aqui é visto um pouco da lógica utilizada pelo David em relacionar a casa de reabilitação sendo tão próxima da ATE, onde vários de seus estudantes são também usuários – as escondidas – de drogas ilícitas. Através da clinica – e não somente nela – conhecemos diversos relatos de usuários contra o controle do uso de drogas. O David é muito meticuloso em dar nomes aos mais variados tipos de drogas, além de descrever meticulosamente os diversos efeitos que cada uma provoca. É uma obra de arte de tão especifica. Nessa mesma clinica – quem for esperto – vai conhecer alguns personagens já citados logo no inicio da história, conhecendo mais um pouco sobre eles. Os Cadeirantes Assassinos – AFR (Assassins des Fauteuils Rollents): Só mesmo David Foster Wallace (vamos começar a chama-lo de DFW?) para criar como inimigos número um da ONAM – ah, depois procure o que significa o termo “Onanismo” ou “Onanista” no dicionário – bandidos em cadeiras de roda! Isso mesmo! Bandidos em cadeiras de rodas, sem pernas, aleijados, deficientes. Haha. Os AFR’s são membros Quebequenses Separatistas que querem se ver livre do poder exercido pela ONAM. O mais engraçado – isso numa imensa nota de rodapé – é a forma de ingressão de cada membro para dentro do grupo. Muito hilário. Fez-me lembrar de algo que não estou lembrado agora. Em certo momento vemos uma cena em que o agente Marathe – que finge estar fingindo ser um espião vira-casaca – conversa com o agente Steeply – um sujeito que está transvestido de mulher – sobre coisas como o amor. Nessa cena podemos ver que ambos possuem pontos de vista tão diferentes que acabam de alguma forma se unindo em seus discursos. Ambos também discutem sobre o que está causando um rebuliço entre os grupos separatistas, que é o tão famoso cartucho – como se fossem fitas de vídeo – que está matando (ou não) milhares de pessoas ao redor da ONAM – como por exemplo, o adido médico. Daí, através dessa discursão, começamos a entender o que possa está acontecendo de principal no enredo do livro – O TÃO FAMOSO CARTUCHO DE ENTRETENIMENTO CRIADO POR JAMES INCANDEZA CAPAZ DE SE TORNAR UMA ARMA. Mas a pergunta é: Quem disseminou esse cartucho? A família Incandenza: Por fim falaremos dos Incandenza, esses que estão sendo mais apresentados aos leitores a cada página lida e onde cada um está com um papel importante, um ponto de vista diferenciado da história em si. Hal nos é apresentado um pouco mais velho, se tornando líder – amigão – de alguns estudantes. Vemo-lo um pouco mais rebelde – interiormente – e desligadão – externamente. Mario parece a cada dia querer mais seguir os passos do pai, se enredar para o ramo da filmografia. Há uma cena muito hilária sobre a-primeira-tentativa-de-um-quase-encontro-romântico de Mario que torna ele ainda mais humano e por fora do universo que gira ao seu redor. Orin basicamente não aparece até o momento, apenas em algumas citações e quando liga para falar com Hal. Isso dá a ele uma certa antipatia com o leitor. Espero que isso mude. Ainda nesse núcleo nos foi apresentado um texto sobre uma conversa franca entre um pai e seu filho. Muito depois é que vamos descobrir que os dois se tratam nada menos que James Incandeza tendo uma conversa com seu pai. Com isso conseguimos descobrir o porquê do tênis em sua vida, como ele tornou isso tudo tão importante. Narração: A narração do livro aos poucos se torna uma companheira. Tem momentos em que o DFW está nos apresentando uma história em terceira pessoa, demonstrando lugares, processos e sentimentos do ponto de vista onírico. Já em outros ele está em primeira pessoa, fazendo com que a narração se torne tão íntima que nos permite pensar que talvez o próprio autor esteja narrando algo pessoal, biográfico. Ponto importante: Quero destacar aqui um dos pontos que mais gostei ter lido nessas cem páginas que foi como o autor nos apresentou a teoria sobre o fracasso da indústria da videotelefonia. Primeiro que adoro teorias – até porque sou economista e me amarro nisso de teorias que envolvam a indústria e o comercio – e a forma como DFW descreveu com perfeição as causas para ninguém mais se interessar em conversar via chamada de vídeo me impressionou. Muito foda! Então é isso! Espero terem gostado do que rolou por essa semana e também espero que todos compareçam na próxima semana para mais cem páginas. Se você está lendo esse tijolão, ótimo! Acompanhe-me nessa aventura e deixe seus comentários logo abaixo. Lembre-se de visitar a página dos vídeos do Bodega no youtube e compartilhar esse momento de leitura com os amigos. Até a próxima! Por Rodolfo Vilar
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O que é o Desafio Infinito?O #DesafioInfinito nada mais é que um diário de leitura do quanto - e do que achei - anda ler o livro do David Foster Wallace chamado Graça Infinita (Infinite Jest). O projeto foi inspirado a partir de um outro projeto chamado Verão Infinito feito pelo site do Posfácio. A partir dessa brincadeira é possível acessar toda semana uma parte dos meus achismos sobre o livro mais confabuloso já lido até o meu momento. Ah, também rola vídeo dos diários pelo youtube, toda semana posto conteúdo por lá também. E você pode conferir clicando aqui! Procure aqui todas as outras partes:
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