#DESAFIOiNFiNiTO
Obs: Post referente às páginas 277 à 366 Flashback : Como de costume, se você é novato por aqui e não sabe do que se trata esse diário de leitura, entre nos links abaixo para entender do que se trata o #DesafioInfinito, saber mais sobre o sinopse do livro e o que aconteceu anteriormente na semana passada. Okay? Introdução ao #DesafioInfinito Parte I do #DesafioInfinito Parte II do #DesafioInfinito Parte III do #DesafioInfinito Playlist no youtube do #DesafioInfinito Essa semana me perguntaram “Rodolfo, o que você anda lendo?” respondi que era o livro do David, o Graça Infinita. “Mas é um livro sobre religião?” veio a pergunta com tom curioso. Respondi que não, pegando o livro (de 1,5 kg) e mostrando para o meu amigo. “Mas claro que é Rodolfo! Olha o tamanho desse troço! Só pode ser a bíblia sagrada!” Assim começou a minha semana do #DesafioInfinito. Sobre o enredo: Confesso que tive muita vontade de jogar o livro na parede. E nem adianta olhar para mim com essa cara de “Mas olha o irritadinho” que tenho certeza que você também que leu, teve essa mesma vontade. Por isso sempre que possível pego algo mais leve – água com açúcar – para ler nos fins de semana. O processo de leitura do Graça infinita é exausto, ler com pressa não leva a nada e apreciar aos poucos essa obra é uma tarefa que requer paciência e habilidade. Mas é compensador! Ainda estamos naquilo de tentar entender o que é ou não relevante na leitura desse tijolo. Quando é que devemos tapar os ouvidos para o monte de ruído que o David produz e tentar concentrar-se no tema principal que a história nos tenta mostrar? – que talvez seja a trama envolta da família Incandenza. Porém logo após a página 300 as coisas parecem tomar rumo, o rio após a enxurrada começa a ficar mais limpo e calmo e é possível remar por águas calmas, uma vez que finalmente parece que pegamos o fio da meada. Finalmente também sabemos que a história acontecerá no AFGD, principalmente em novembro. E que os fatos narrados em outras datas são apenas complementos para o momento atual. O mundo dos vícios: Cada vez que lemos mais o Graça Infinita, principalmente quando estamos com o nosso personagem Don Gately, conhecemos mais o mundo dos vícios que permeia em toda ONAN. Gately nada mais é que um ex-drogado que após muita luta no processo de desintoxicação, agora é um voluntário na Casa Ennet, a mesma casa onde habitou, e serve aos residentes como um “conselheiro” cheios de frases clichês, mas totalmente motivacionais. É interessante enxergar como Gately consegue entender aqueles que o procuram para um desabafo, como ele consegue enxergar a si mesmo dentro do outro e usar disso como uma lição para si mesmo, afinal de contas ele possui um grande medo de estar com a “Aranha faminta” dentro dele novamente. Risos. O Graça Infinita nada mais é que um livro de clichês. O mundo da reabilitação nada mais é que um mundo de clichês. Quando lemos o livro percebemos que confundimos os personagens com o David Foster Wallace. Ao mesmo tempo sabemos que ele é Hall Incandenza de tão inteligente, uma Kate de tão deprimida, um James O. de tão criativo e ele mesmo como narrador, transmitindo seus sentimentos, seus clichês, através de mensagens tão espetaculares como as que são encontradas no enredo desse livro-arte. Família Incandenza: Conforme lemos sabemos mais sobre a excentricidade da família Incandenza. Sabemos por exemplo, como Orin entrou para o Futebol americano, como saiu das asas de sua mãe – deixando de se comunicar com ela – e ter sua própria vida independente. Sabemos como ele arriscou-se abandonar o tênis, algo que todos achavam ele o “fodão” e entrar para um esporte tão competitivo e atual como o futebol americano e como a partir daí, ele conhece Joelle e apaixona-se perdidamente. Enquanto isso Hall está cada vez mais empreendido em ser o melhor na ATE, dando o melhor de si não somente nas competições, como também nas matérias curriculares do seu curso em Enfield. Mesmo não gostando de algumas matérias, ele precisa estudar sobre a relação politica entre Quebec-ONAN-OTANAN-Canadá, o que o faz ficar intrigado sobre o assunto (E olha que ele tem uma mãe que é Quebequense e um tio Canadense. Vai entender!) Já percebi que será durante as ligações entre Orin-Hall – ou nas notas de rodá pé de quase dez páginas – que descobriremos muita informação sobre os mistérios que envolvem o grande James Incandenza e o filme de alto entretenimento que esse sujeito criou. Então é numa dessas ligações que sabemos que Orin está saindo com uma cobaia chamada Hellen Steeply – Mas peraí, Hellen Steeply? Steeply? Isso me faz lembrar do Steeply, aquele sujeito da cédula terrorista disfarçado de mulher que está investigando a família Incandenza junto com o Marathe. Hummmm. – Orin diz a Hall que não está assim tão preocupado com os cadeirantes que o perseguem, mas sim com a tal Hellen, uma mulher super curiosa que procura algumas informações sobre sua própria família. E por fim, num pequeno trecho cativante, sabemos como o Mario nasceu, conhecendo mais sobre sua anatomia um tanto complexa e todo o processo pelo qual ele passou para ser aceito como aluno na ATE. ESKHATON: Alguns me matarão em dizer isso, mas confesso que precisei de muita paciência para ler os grandes trechos sobre o Eskhaton que nada mais é que um jogo super complicado envolvendo matemática, física e imaginação, onde os alunos envolvidos dentro do jogo simulam estarem dentro de um acordo entre países na tentativa de não bombardearem uns aos outros (simulando assim o que acontece no mundo atual). Porém o final desse jogo é o mais engraçado de todos e a precisão com que DFW conseguiu criar um jogo incomum, ditar regras e manipular seus personagens é impressionante. Coisa de louco mano. Então é isso! Espero terem gostado do que rolou por essa semana e também espero que todos compareçam na próxima semana para mais cem páginas. Se você está lendo esse tijolão, ótimo! Acompanhe-me nessa aventura e deixe seus comentários logo abaixo. Lembre-se de visitar a página dos vídeos do Bodega no youtube e compartilhar esse momento de leitura com os amigos. Até a próxima! Por Rodolfo Vilar
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Leave a Reply.O que é o Desafio Infinito?O #DesafioInfinito nada mais é que um diário de leitura do quanto - e do que achei - anda ler o livro do David Foster Wallace chamado Graça Infinita (Infinite Jest). O projeto foi inspirado a partir de um outro projeto chamado Verão Infinito feito pelo site do Posfácio. A partir dessa brincadeira é possível acessar toda semana uma parte dos meus achismos sobre o livro mais confabuloso já lido até o meu momento. Ah, também rola vídeo dos diários pelo youtube, toda semana posto conteúdo por lá também. E você pode conferir clicando aqui! Procure aqui todas as outras partes:
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