Conhecido por sua irreverência e extravagância em suas direções Bruce La Bruce apresenta um filme sensível, interessante e que traz um tema bastante importante. Pesquisando mais sobre a palavra Gerontofilia, descubro que ela é um tipo de comportamento social de pessoas que sentem atração sexual por outras muito velhas, e é esse o pilar central do filme, que não se preocupa em aprofundar o tema de forma mais esclarecedora. Lake, interpretado por Pier-Gabriel Lajoie, é um jovem que vive cheio de indecisões, ele namora Desiree (Katie Boland), uma jovem garota que lista figuras feministas que a inspire ser revolucionária. A mãe dele vive desequilíbrios emocionais e problemas alcoólicos, sempre se encantando por homens que não a valorizam (ou ajudam). É neste cenário que Lake busca forças e animo pra encarar o mundo em que vive. Logo, logo surge a oportunidade de trabalho dentro de um asilo, que acaba despertando um desejo pouco peculiar, a atração por pessoas mais velhas. Dentro desse asilo ele conhece o Sr. Peabody, interpretado por Walter Borden, de 80 anos, abandonado pelo filho e assumidamente homossexual. A vida deste senhor fica sujeita a própria degradação ao ambiente hostil, pouco social e cheio de restrições – é nesse contexto que o filme ganha um teor mais dramático, quando Lake passa a exercer sua função de cuidador. Lake não aparenta nenhum problema, seja de crise de identidade ou sexual quando se aproxima de idosos, principalmente quando chega mais perto do Sr. Peabody. Seu afeto fica completamente evidente no momento em que decide realizar o sonho do seu grande amigo de ver o mar. Ele sequestra o idoso da clinica e os dois caem na estrada com destino ao oceano mais próximo. Se de um lado o filme apresenta um tema polêmico que até então eu não vi no cinema, a relação com os dois é tratada de forma muito reciproca, Lake, com o desenvolvimento do próprio personagem, é um menino que está cada vez mais certo do que está fazendo, sem cair em situações de insegurança pelo seu próprio comportamento. Por isso, Gerontophilia (2013) não está preocupado em retratar um tema de forma didática, é um filme que instiga a interpretar o comportamento de Lake, mas nele está estabelecido apenas o relato de um amor pouco convencional, mas vivido de maneira intensa do inicio ao fim. Logo abaixo você confere o trailer do filme: Escrito por: Cezar Augusto é estudante do curso de Ciências Sociais pela universidade Federal de Alagoas (UFAL). Nas horas vagas adora ver filmes, montar playlists e escrever no blog meu sonho amarelo. Para o Bodega ele faz críticas sobre os filmes que mais gostou de ler, além de outros achismos do mundo pop cultural. Siga-o no twitter: @Cezarsezar Veja sua playlist de filmes e o siga no Filmow: @cezaesezar Conheça seu blog pessoal: Sonho amarelo
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October 2020
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