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A maldição do Cigano - Stephen King12/20/2014 Por Rodolfo Vilar Com uma rotina tranquila, bem casado, o advogado Bill Halleck não tinha muitos problemas na vida. A não ser o peso. Mas por nada no mundo dispensaria os dois ovos com bacon do café da manhã ou os pacotes de Doritos diariamente devorados. Tudo iria mudar drasticamente naquele maldito dia. A velha cigana se pôs em seu caminho e Bill não conseguiu parar o carro. Ao mesmo tempo em que as rodas esmagavam a velha, a vida de Halleck começava a ser destruída. Considerado inocente pela justiça humana, não pôde fugir à maldição soprada por Taduz Lemke, o patriarca dos ciganos, na saída do tribunal. ‘Emagrecido’, praguejou o velho. A partir desta dia, os 111 quilos de Bill passam a ser sugados vertiginosamente. Se não conseguir deter a maldição cigana, em pouco tempo Bill não será mais do que um feixe de ossos. Mas que final mais WTF! Billy Halleck é um advogado de sucesso em torno dos seus 45 anos. Até que um dia ele atropela uma velha cigana enquanto voltava para casa. Mas tudo bem, seu amigo juiz o ajudou a sair dessa enrascada e se livrar de um grande processo. Billy pode ter saído impune da justiça dos "homens brancos" mas não do velho cigano pai da cigana morta. Esse velho lança uma maldição em Billy onde aos poucos, dia após dia, ele acaba perdendo seu peso como numa montanha russa. De 113 kg à 56. Nessa história Stephen King nos mostra um enredo sem muitas surpresas, mas com um ótimo toque de narração. Será que Billy conseguirá sair dessa enrascada? Adorei a forma como King narra sua história. Ele impregna sua narrativa não com truques baratos de perspectivas de esperar algo revelador no texto, mas sim com um foco fluído de conteúdo que nos leva até o fim da história que passa sem a gente perceber. Com poucos personagens, poucos núcleos, fica bem fácil perceber o papel de cada um e a característica que cada personagem carrega consigo. O grande final da história é que não adianta tentar desviar do destino, porque no final da contas as coisas já estão traçadas. Mesmo que uma velha maldição. Editora: Ponto de leitura
Ano: 1998 Páginas: 421
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Put Some Farofa - Gregório Duvivier12/18/2014 Editora: Companhia das letras
Ano: 2014 Páginas: 208 Sinopse: Dont repair the mess. The house is yours. I make question. Pardon anything. Go with god. Come back always. Publicada em Julho de 2014, a crônica que dá título a este volume, que cria uma conversa imaginária de um brasileiro com um gringo visitando o Brasil durante a copa, rapidamente se tornou um viral de internet, até ser comentada em artigo do Washington Post. Trata-se de uma amostra da verve humorística embebida de zeitgeist, crítica ferina e muito afeto de Gregorio Duvivier, um dos autores mais promissores do Brasil na atualidade. Reunindo o melhor de sua produção ficcional, Put some farofa traz textos publicados na Folha de S.Paulo e esquetes escritos para o canal Porta dos Fundos, além de alguns inéditos. Se Gregorio traz o raro dom da multiplicidade, tendo se destacado no cenário cultural brasileiro ao mesmo tempo como ator, roteirista, comediante, cronista e poeta, também múltiplo é este volume, que transita entre ficções, memórias de infância, ensaios sobre artistas que o influenciaram, artigos panfletários, exercícios de linguagem e outras experimentações. Os textos vão da pauta que está sendo debatida naquele dia no jornal ao completo nonsense; do amor ao ódio, do íntimo ao universal. No conjunto, o que espanta no autor é o frescor, a coragem, a visão transformadora e, sobretudo, a capacidade inesgotável de se renovar a cada semana, contando sempre com a inteligência e a sensibilidade do leitor. Eu me senti super íntimo do Gregório ao ler as suas crónicas. Era simplesmente como se ele tivesse capturado os meus pensamentos e utilizado em suas obras. Acho bem peculiar a forma como ele utiliza o humor junto ao cotidiano para analisar fatos que são bombardeados em nossa vida diariamente. É exatamente como abrir um jornal no café da manhã e rir, mesmo sabendo que são fatos sérios. Gregório entrou no meu repertório de autores como inspiração. Primeiro porque sou fã de crônicas e a forma como elas temum poder de assustar, mesmo elas tendo uma vida tão curta. Por Rodolfo Vilar Por Carlos Cavalcanti Então vitoriosa, Katniss agora tem de lidar com tudo o que passou na arena, ao lado de Peeta, e especialmente com o que ainda virá: a Turnê dos Vitoriosos. Como encarar o Peeta desde os jogos? Como iludir o povo da Capital com seu “amor” por Peeta, quando ela nem sequer consegue driblar Gale? Como encarar os outros distritos? Não seria mais fácil fugir? O livro segue praticamente essa linha do pensamento da Garota em Chamas, até que eles chegam na turnê, quando ela toma conhecimento de que suas chamas, que antes caracterizavam o seu distrito, as minas, agora significam outra coisa. Katniss consegue acender no coração de muitos a chama da esperança. E bom, [SPOILER] quem não ficou com o coração na mão quando o velhinho do distrito 11 assobiou a melodia de quatro notas de Rue que sinalizava o final do dia de trabalho? “Cada pessoa na multidão pressiona os três dedos médios de sua mão esquerda contra os seus lábios e os estendem para mim. É o nosso sinal do Distrito 12, o último adeus que eu dei a Rue na arena.” Dividido em três partes, primeiro temos os eventos pré e pós Turnê dos Vitoriosos, depois o encontro com as fugitivas do Distrito 8 e o Terceiro Massacre Quaternário, então os acontecimentos na Arena (que dessa vez está totalmente diferente da anterior tanto nas aparências quanto nos competidores e no fato de não haver amoras). Claro, tem sempre o, como posso dizer, mi-mi-mi (falta de palavra melhor para descrever) da Katniss de “em quem eu posso confiar? A quem posso me aliar e matar quando chegar perto do final do Massacre para deixar o Peeta vencer?” Santo Peeta esse que povoa os pensamentos dela! Por fim, diante de tudo o que passa dentro da Arena, ela é “obrigada” a decidir o que vai fazer, e o que ela fará poderá influenciar ainda mais os rebeldes ou não. Porque, afinal de contas, quem é o verdadeiro inimigo, Katniss Everdeen? O bicho-da-seda - Robert Galbraith12/10/2014 Editora: Rocco Ano: 2014 Pagina: 464 Sinopse: Quando do desaparecimento do romancista Owen Quine, sua esposa procura o detetive particular Cormoran Strike. Inicialmente, ela pensa apenas que o marido se afastou por alguns dias — como fez antes — e quer que Strike o encontre e o leve para casa.Mas, à medida que investiga, fica claro para Strike que há mais no sumiço de Quine do que percebe a esposa. O romancista acabara de concluir um livro retratando maldosamente quase todos que conhece. Se o romance fosse publicado, a vida deles estaria arruinada — assim, muita gente pode querer silenciá-lo. E quando Quine é encontrado brutalmente assassinado em circunstâncias estranhas, torna-se uma corrida contra o tempo entender a motivação de um assassino impiedoso, um assassino diferente de qualquer outro que Strike tenha encontrado na vida… ESSA NÃO É A J.K. ROWLING QUE CONHEÇO!!! Foi isso que pensei ao ler as cenas onde o corpo de Quine é encontrado da forma mais bizarra. Confesso que diferente de O chamado do Cuco, Rowling me empolgou mais nessa obra, trazendo mais ação e envolvimento entre os personagens Cormoran Strike e Robin. Nesse livro a autora faz uma tremenda crítica ao mundo das editoras, o espírito dos escritores e como tais conseguem suas fontes de inspiração para suas obras. Recentemente saiu no jornal Folha de São Paulo uma crítica comparando Rowling e sua receita para escrever romances policiais - nova temática para a autora que apenas escrevia fantasia - a Agatha Christie, famosa autora de romances do mesmo estilo. Eu diria que Rowling consegue trazer sentimentalismo aos seu personagens, diferente de Agatha Christie que apenas foca sua narrativa no enredo central da história. Rowling nos mostra um detetive que perdeu uma perna durante seu serviço no exército, filho de um astro famoso do rock do qual não lhe dá atenção - ou tenta - e separado de sua ex-esposa que agora está prestes a se casar novamente. Do outro lado vemos sua assistente Robin, que fica dividida em dedicar-se ao trabalho que tanto almejou na vida ou escutar seu noivo que a quer em outra vida, com filhos e bem estimada. São universos diferentes que juntos nos mostra mais um assassinato sem solução que pode levar ambos a ascensão de suas carreiras. Por Rodolfo Vilar
O resgate do Tigre - Colleen Houck12/2/2014 Editora: Arqueiro Ano: 2012 Pagina: 350 Sinopse: Fé. Confiança. Desejo. Até onde você iria para libertar a pessoa amada? Kelsey Hayes nunca imaginou que seus 18 anos lhe reservassem experiências tão loucas. Além de lutar contra macacos d´água imortais e se embrenhar pelas selvas indianas, ela se apaixonou por Ren, um príncipe indiano amaldiçoado que já viveu 300 anos. Agora que ameaças terríveis obrigam Kelsey a encarar uma nova busca - dessa vez com Kishan, o irmão bad boy de Ren -, a dupla improvável começa a questionar seu destino. A vida de Ren está por um fio, assim como a verdade no coração de Kelsey. Em O resgate do tigre, a aguardada sequência de A maldição do tigre, os três personagens dão mais um passo para quebrar a antiga profecia que os une. Com o dobro de ação, aventura e romance, este livro oferece a seus leitores uma experiência arrebatadora da primeira à última página. "Colleen nos seduz com seu conto de fadas ágil e original que tem como exótico pano de fundo a cultura e a religião indianas." MTV.com Ainda pensei muitas vezes em continuar ou não com a leitura dessa saga. Mas pensei bem - afinal tinha comprado os três primeiros volumes - e decidi dar uma chance e crer que a história iria melhorar. Dito e feito. Ainda no início desse ano eu li o primeiro volume da saga da autora Colleen Houck chamado A maldição do tigre. Toda essa história de uma menina inocente que vai parar num circo e acaba descobrindo que o tigre que ela sempre alimenta é na verdade um príncipe da Índia amaldiçoado me lembrou um pouco Crepúsculo. Sim, pode me apedrejar, mas eu pensei isso. A história é muito bem construída e ao chegar lá para a página cem do primeiro livro vemos muita aventura a la Indiana Jones. O que mais me deixou chato ao ler foi o jeito sonso da personagem Kelsey, protagonista da série que acaba se apaixonando pelo lindo Tigre Ren e que além disso possui um irmão gaterrímo chamado Kishan que também sofre da mesma maldição. O típico triângulo romântico tão aparente nos romances adolescentes dos YAs. Diferente do primeiro volume, O resgate do tigre se apresenta com uma escrita mais madura, assim como seus personagens, o que deixa a história mais gostosa de ler. Vemos a Kelsey mais adulta (?) com seus pensamentos, com mais atitude e menos diálogos tortuosos entre os dois pombinhos. E por se tratar do segundo volume acabamos sabendo que ela tem que escolher por quem está verdadeiramente apaixonada. Seu príncipe de olhos azuis ou o irmão vida loka gostosão? O melhor da história é a mitologia que Colleen nos convida descobrir. Viagens pela Índia através de suas histórias milenares que incluem um roteiro pelos pontos mais visitados do país além de toques de outras culturas como a grega e até mesmo apologia a cultura pop atual, como por exemplo Harry Potter. O que me fez continuar a ler essa história foi esse segundo volume. Valeu muito a pena e estou muito curioso com o desfecho dessa história. Por Rodolfo Vilar
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April 2021
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