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Os Ninhos de Cobras de Lêdo Ivo, sua poesia de experiência | Ninho de Cobras - Lêdo Ivo.

10/31/2017

 
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Durante um processo criativo para um livro que escrevia, o amigo George chegou e disse "Vá lá, ler Lêdo Ivo. Depois você entende o porquê da indicação!". E dito e feito amigo George, eu entendi o motivo da esplêndida indicação, já que ela, a leitura, e ele, o autor, me transformaram num novo leitor. Sim, eu acredito que livros nos mudem, não todos, mas sim aqueles que mexam de uma forma mais profunda, nos esmurrando a alma, nos levando a um estado de ressaca literária e íntima que nos obriga a mudar como ser humano. As leituras nos levam a uma intimidade que mexe com aquele pequeno ponto preciso em nossa alma, como se, numa invasão, conseguíssimos nos enxergar nus, livres de expectativas e tão conectados com nossa própria essência, que a leitura, motivada por experiências pessoais, se transforma num estado mutável de criação de nossa própria personalidade. Ler Lêdo Ivo foi trazer à tona um sentimento que estava meio que enterrado dentro de mim, sufocado pelas areias das recentes contemporaneidades  de nosso mundo, e apenas em NInho de cobras foi possível ressuscitar esse sentimento de raiz, de conexão com minhas origens e todo o processo que já tinha passado ao iniciar o meu romance que estava em desenvolvimento. Por isso, obrigado George, você me salvou de algumas modernidades mesquinhas à cerca da leitura. 

"Ninho de cobras", um dos poucos romances de Lêdo Ivo, é ambientado na capital de Alagoas, Maceió, durante a época da ditadura militar de Getúlio Vargas. A ambientação desse romance não é um acaso, já que fortemente somos golpeados por diversas metáforas que denotam a censura e a opressão política da época. O romance, que na verdade também pode ser considerado um conjunto de contos como o livro "Vidas secas" de Graciliano Ramos, mostra diversas histórias que ao longa da narrativa irão se conectando de uma maneira a prender o leitor a entender até onde esse enredo pode ser levado. Porém, diferentemente da secura narrativa de Graciliano, Lêdo Ivo irá nos conduzir a histórias cruéis a sua maneira, envolvidas numa atmosfera poética e simplista sobre diversos personagens que captam a atmosfera de uma cidade litorânea, opressora e vívida como só em Ninho de Cobras. A trama se desenvolve com seu capítulo inicial intitulado "A Raposa", quando esse pequeno animal saí de suas origens selvagens e resolve dar um passeio pelo centro da cidade (Naquela Madrugada, uma raposa havia descido até a cidade...), onde indevidamente e cruelmente é morta a pauladas por um guarda local. A partir desse fato inicial diversos personagens irão emergir do enredo, desenvolvendo suas histórias e críticas num desenrolar quase frenético que levam o leitor a ficar preso por páginas e páginas de aventuras deliciosas e com cheiro de maresia, açúcar e prostituição. Conhecemos o Prof. Serafim Gonçalves, o homem mais gordo das Alagoas; O suicida, ou não,  Alexandre Viana, que, enclausurado na sua própria vida, decidi sair dela através de um jogo poético ao suicídio; A mulher do roupão, que inesperadamente encontra-se acamada num leito do hospital com doenças sifilíticas em consequência da sua vida cruel e prazerosa; o homem do balcão, que representa aqui o conceito do homem liberto ou não de seu pragmatismo e que por conta das consequências dos outros faz sua vida se encaminhar ao ponto final e apogeu de Ninho de cobras; assim como tantos outros personagens e lugares que dão vida ao romance mais emblemático e poético de Lêdo Ivo. 

Ler "Ninho de cobras" é conhecer as alagoas de um tempo não tão remoto e sem as analogias que muito utilizam para explicar um pouco sobre nosso estado. Ler "Ninho de cobras" é conhecer o sintoma de saudade de um autor que viveu por aqueles bairros, que se enveredou pelo Jaraguá, pelo cemitério local, os portos locais e se dedicou, milimetricamente, a entender um pouco sobre nossa história. Aqui precisamente uma cidade massacrada pela ditadura da época, que representada pela Raposa, um animal livre (precisamente uma metáfora para a liberdade de expressão) é morta a pauladas como um animal sem prestígio e sem lugar no mundo. Da mesma forma seus outros personagens, que numa linguagem metafórica, representam os diversos pensamentos críticos do autor: a opressão da burguesia (O professor Serafim), o sentido da vida (Alexandre Viana), as mulheres do mundo e seu papel na época (A mulher do roupão) e a grande opressão ao homem da época (O homem do balcão), que representa não só a crueldade física, mas também intelectual ao ponto da repreensão. A própria linguagem se transforma num personagem, já que com o decorrer da leitura as palavras parecem ganhar vida, saltando aos olhos do leitor e bailando livremente como apenas acontece na literatura de Lêdo. Ler Ninho de Cobras foi me conhecer um pouco mais como alagoano e nordestino. Foi conhecer um pouco mais sobre nossa história e trazer à tona um assunto que está se tornando tão recorrente e atual: a opressão à liberdade de pensamento. 


​por Rodolfo Vilar. 
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A Narrativa de A. Gordon Pyn | Edgar A. Poe

10/24/2017

 
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Isso aqui não será uma resenha, afinal de contas, está longe para que eu consiga fazer algo digno que possa se chamar resenha. O texto será mais um parecer, transparente, intuitivo e cheio de apreço pelo pequeno livro do Edgar Alan Poe. 

Sim, esse foi o meu primeiro contato com o Poe. Não sei se comecei pelo lugar certo, já que muitos dos seus apreciadores o admiram pela fabulosidade com que ele constrói a atmosfera de seus contos. Mas por se tratar de criação de atmosferas, aqui ele não deixa por onde. Não sei e nem posso compará-lo com outros dos seus escritos, mas nesse livro, o único romance criado em vida por ele, Poe consegue ser realista naquilo que cria, fugindo, mas não tanto, dos horrores clássicos que o consagraram em outro momento. Em "A Narrativa de A. Gordon Pyn", somos introduzidos num ambiente do tempo de 1850, onde esse próprio A. Gordon Pyn,  incorporado pelo Poe, nos conta as suas aventuras pelos mares austrais. A história é envolvente ao ponto em que você deixa de lado todos os detalhes marítimos de navegação (aqui está mais um Moby Dick), onde o enredo chega ao limite de nos enojar, fazer desistir de continuar, de tão grotescamente bem que ele é escrito. Gordon Pyn é um jovem que tenta fugir das escolhes que o seu pai o impõe, sendo que para isso, ele junto com seu amigo tentam escapar de tais compromissos estrando como gaiatos num navio que está prestes a partir para a Áustria. Porém a cada momento que estamos a contemplar uma nova cena, vemos que nosso personagem apenas entra em mais confusão e em mais mistérios totalmente difíceis de serem crédulos.

Aqui posso comparar o Poe ao estilo de Dostoiévski, já que, assim como ele, somos inseridos dentro da cabeça do personagem principal, o que torna a história uma narrativa confusa e não confiável, já que apenas estamos tendo a visão do personagem principal. Toda a história é uma névoa em saber se é verdade o que acontece ou se simplesmente estamos dentro da loucura do próprio personagem. Não sei se foi uma boa escolha de leitura para o mês do Halloween, mas foi preciso como pontapé para que eu fosse inserido dentro da narrativa tão fabulosa do Poe. É um livro esplendoroso de escrito  e que merece uma leitura mais detalhada, principalmente para aqueles que adoram um enredo infestado de estado de confusão mental. 

Por Rodolfo Vilar

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Da Cegueira à Lucidez: Os Ensaios de Saramago | Ensaio sobre a Lucidez - José saramago

10/16/2017

 
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Primeiro foi preciso estar cego para somente assim se enxergar. Depois foi preciso entender essa cegueira para enfim se calcular que a lucidez está no processo de abrir os verdadeiros olhos. Ao abrir os olhos se percebe que o mundo no qual estamos inseridos está de uma maneira tão confusa de suas diretrizes que nada mais faz sentido. Qual resultado então? Usar do estado da "brancura" como forma de protesto. 

Em "Ensaio sobre a Lucidez" mais uma vez somos inseridos num pais/cidade alegórico para ilustrar as ideias de um autor. Se José Saramago já tinha um poder político em seus livros, nesse é que ele destila todo o seu poder de discurso para dar voz as diversas ideias que sempre o fizeram da persona que foi. Para alguns isso foi um defeito, já que o livro se torna de certa forma um pouco denso devido ao tema abordado, mas deve-se pensar que se torna impossível não tratar-se de política sem ser denso e didático o suficiente para que não se haja enganos quanto a ideia que deva ser passada a frente. Em suma, já demonstrando o poder do livro, "Ensaio sobre a Lucidez" trata-se não somente de mais um episódio epidêmico de algo anormal que está a se suceder, mas sim sobre uma verdadeira crítica a política contemporânea que nos faz instrumento de suas vontades egoístas. 

No dia marcado para ocorrer as eleições, a chuva densa está a atrapalhar que os eleitores saiam de casa e exerçam seus direitos ao voto, fazendo com que todas as sessões eleitorais encontrem-se vazias durante boa parte da manhã. Até ai tudo normal, mas não ao ponto em que essa mesma chuva não se torna mais um problema e durante todo o decorrer do  dia registra-se que boa parte da população da cidade não compareceu as urnas como devido, fazendo com que os registros deem pela presença de uma anomalia que está a acontecer: os cidadãos estão abandonando o exercício de eleitor. Não para menos, um segundo turno é produzido com o intuito de se corrigir tal abuso à democracia, fazendo com que mais uma vez se registre que não apenas existe a falta do compromisso dos eleitores, mas sim também que boa parte da população (mais de 80%) votou em branco. Com isso a cidade entra em caos, os políticos  (sendo esses os partidos de direita, esquerda e do meio) veem isso como uma afronta ao processo democrático, já que necessariamente se precisa escolher alguém como representante do poder governamental. Só resta para o próprio governo encontrar um bode expiatório que explique as causas para que tal fenômeno tenham ocorrido. E é a partir daí que muitos leitores ficaram revoltados com o romance de Saramago. 

Por se tratar de um voto em branco, onde Saramago irá chamar os personagens que exerceram essa escolha de brancosos, que possivelmente ele ligou essa brancura ao da cegueira em "Ensaio sobre a cegueira" (leia sobre a resenha desse livro aqui). Exatamente, esse livro nada mais é que a continuação do famoso "Ensaio sobre a Cegueira" escrito em 1995, onde gerou uma certa polêmica por se tratar de assuntos tão filosóficos sobre o sentido da vida. Nove anos depois Saramago faz um link desse novo livro ao seu antigo sucesso de vendas, isso no sentido de dizer, assim como no enunciado desse texto, que após a epidemia da cegueira que mostrou aos outros o sentido de enxergar a vida, a brancura dos votos também representa aqui o papel da lucidez em escolher a maneira certa de dizer sua opinião sobre os processos democráticos que na verdade não tem nada de democráticos. Com o passar da história vê-se as consequências da decisão desse voto em branco, sendo que na verdade (pasmem) as reações estão voltadas bem mais ao próprio governo, por ter sido feito de palhaço, que pela população, que continua sua vida pacata sem demonstrar o caos que a máquina do governo estava calculando acontecer. As ruas continuam limpas, os acidentes, assim como a justiça, são assistidos pela própria população que se vira ao máximo como comunidade para fazer as coisas acontecerem, já que como inevitável, o governo os abandonou para encontrar uma solução ao problema. 

De uma forma bem didática Saramago deixa explicito suas ideias sobre política de uma maneira à tratá-la como um certo problema no mundo atual em que vivemos. Ler esse livro, como eleitor brasileiro na crise em que vivemos (2016-2017), é trazer à tona o forte sentimento de decepção que sofremos com a política de nosso país. Para Saramago, o processo democrático atual não tem nada de democrático, uma vez que alimentamos apenas a máquina do governo para a realização de seus próprios interesses. Além dessa crítica, Saramago mostra o papel da mídia como um certo vilão ao servir de fantoche ao transmitir aquilo que seja favorável ao papel da instituição governamental. O fim, se é que podemos chamar aquilo de fim (e sim, esse foi o único ponto que me deixou triste) é bastante insatisfatório, mas isso apenas é uma fotografia alegórica do que seria a justiça quando se trata do governo como um orgão quase divino exercendo seus poderes de cima para baixo.

Por fim, quero apenas deixar claro que o livro para mim não foi um estorvo, mesmo ele não sendo um dos melhores do saramago. Por tratar-se de um livro com temática política, muitos poderão achá-lo um pouco enfadonho por tratar de um assunto um pouco delicado, mas nada que o impeça de ser uma fonte magnifica de entender a verdadeira função que ela exerce sobre os indivíduos de uma sociedade que creem serem donos de suas próprias vontades. Leiam Saramago o quanto antes. 


Por Rodolfo Vilar


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O amor nos tempos do Cólera (Ou a reconciliação com Gabo) | Gabriel García Márquez.

10/3/2017

 
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Há muito tempo atrás, e por falar em tempo dedico este post em memória ao amigo Tágore do qual passava altas horas falando comigo sobre Gabo, eu lia Cem anos de Solidão. Mas acontece que Cem anos de solidão foi uma experiência controversa para mim, já que em meio a sua leitura eu me encontrava afogado de anotações, árvores genealógicas e dezenas de nomes sem sentido que boiavam na minha frente. Ter a primeira experiência com Gabo através desse livro foi uma tragédia, já que, enquanto muitos elogiavam o livro e sua complexidade de leitura, eu me sentia perdido num enredo desconexo e mesmo assim dizia que sim, a leitura havia sido maravilhosa. Bulhufas. Cem anos de solidão tornou-se para mim um livro complicado com os anos, assim como tantos outros livros que passavam pela minha mão e se tornam aquele tipo de livro que não merece apenas uma leitura, já que está carregado de uma maneira especifica de o apreciar (da mesma forma Grande Sertão Veredas, Graça Infinita, Guerra dos tronos e etc..). Sendo assim, ler Gabo tornou-se um estigma, já que o fato da complicância de Cem anos de Solidão o bloqueou por um bom período de tempo, até essa semana passada, quando me deparei com O amor nos Tempos do Cólera e essa perspectivava mudou. 

O amor nos Tempos do Cólera, diferente de Cem anos de solidão, tem um enredo mais enxuto, mais sólido, girando ao redor de poucos personagens que duram um tempo enorme para desenvolverem e criarem um objetivo, o que para mim não é um ponto negativo, já que histórias com desenvolvimento é comigo mesmo. Assim como a maioria dos seus livros, Gabo traz um enredo totalmente regionalista a partir das características de uma Colômbia mais rural e Coronelista, já que a maioria dos seus personagens estão centralizados num pequeno povoado onde o poder dos ricos é a significância de status e domínio sobre os mais pobres, além é claro, de mostrar todas as características positivas e negativas de uma cidade do interior. Nas primeiras páginas acompanhamos o trabalho do Doutor Urbino, um médico reconhecido pela sua fama e fortuna, que recentemente recebe a noticia da morte de um dos seus amigos, O curioso é que nas primeiras páginas somos tomados por um carisma com tal personagem ao ponto de, no decorrer da história, nos perguntarmos se esse mesmo carisma ainda prevalece após conhecer mais profundamente tal personagem. Fora o Doutor Urbino, conhecemos sua esposa Fermina Daza, uma mulher a frente do seu tempo e que inevitavelmente é perseguida por um amor do seu passado: Florentino Ariza. Sendo assim, durante o livro somos convidados a conhecer esses três personagens que orbitam ao redor de um único tema, o amor universal e transcendente. 

O título do livro, esse que mais me chamou a atenção, faz referência ao período de tempo em que o país esteve infestado pela epidemia de cólera que assolou principalmente nos regimes de guerra que aconteciam no fim do seculo XVIII,  é essa doença, somada com outra doença (o amor), que impregna as páginas do romance, já que o autor irá explanar várias temas que levam a essas assuntos, não somente o amor como sentimento, mas sim um amor que transborda a linha do consciente, já que em vários momentos acompanhamos as consequências deste em seus personagens, os fazendo cometer loucuras que dão rumos ao desfecho do livro. Por se tratar de um livro mais maduro também, a morte é constantemente citada em vários estágios, não somente como o fim para a vida, mas também como método de alívio para alguns males. Por conta da idade, Gabo deve ter tido vários momentos de contemplação sobre ao assunto, principalmente sobre a velhice, já que em parte do livro a vemos, a velhice, como um personagem a parte que modifica os seus outros personagens.  O tempo que apenas não passa e deixa marcas, mas que também ensina o homem a adaptar-se ao seu modo de viver, mostrando que ainda é possível amar, sonhar e viver a cada dia de uma forma diferente. 

Por isso que ao fim da leitura de O Amor nos Tempos do Cólera, me senti de amizade refeita com Gabo, uma vez que ele mostrou que além de suas primeiras dificuldades ao ler sua primeira obra, ele também é capaz de nos mostrar temas tão importantes como o amor no seu mais perfeito estado: a infinitude. 


​Rodolfo Vilar

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