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Psicopata americano - Bret Easton Ellis10/29/2014 Editora: Rocco Ano: 1992 Páginas: 485 Resumo: O psicopata americano é um dos mais radicais relatos sobre a banalidade da violência, do consumo e do vazio da geração de yuppies que viveu sua juventude nos anos 80. O protagonista é Patrick Batemann, um jovem de 26 anos que de dia fatura uma fortuna trabalhando em Wall Street e à noite se acaba em festas regadas a cocaína e uísque. Quando se sente muito entediado, sai pelas ruas de Nova York assassinando brutalmente mendigos, torturando prostitutas e todos aqueles que de alguma forma o entediam. Sem piedade, sem remorso, sem consciência, em seguida saindo para tomar um drinque ou fazer compras em lojas de grifes. Essa violência explícita fez com que o lançamento da primeira edição de O psicopata americano, em 1991, fosse coberto de polêmica: as associações feministas protestaram, a editora que inicialmente iria publicar o livro acabou recusando-o e escritores saíram em defesa do direito de expressão. O livro – tido como “inflamável” – acabou sendo levado ao cinema em 2000, com Christian Bale no papel principal, levantando uma série de reflexões sobre a obra de Bret Easton Ellis, que produziu um dos mais perturbadores e provocativos relatos de uma geração. Yuppie: Jovens investidores que se deram bem na vida durante a década de 80 e 90 em Wall Street. Imagine um cara bem de vida, bonito, que só veste roupas de marca, almoça nos melhores restaurantes, tem os melhores aparelhos do momento, gasta horas para cuidar do corpo e da beleza. Esse é Patrick Bateman de 26 anos que mora no Upper west side. Mas o que ninguém sabe é que ele em suas horas vagas é um psicopata. O que eu digo é que é preciso estômago para ler esse livro, porque o Bret Easton é muito detalhista nas ações do seu personagem - e na minha opniao um dos melhores personagens que já conheci. Ai, o Patrick é muito mesquinho, odeia mendigos e faz algo terrível com um deles (Quase que abandonava o livro na cena da morte do mendigo), na hora do sexo fica se olhando no espelho e vendo sua perfomance (Será que tem um músculo novo no meu braço? Um novo gominho?). Muito almofadinha , assim como seus amigos. Maxista, preconceituoso, odeia Os miseráveis, enfim. Odiei ele, mas também o amei. A narrativa é bem extensa e o mais engraçado é que depois de uma cena em que ele descreve o que faz com sua vítimas detalhadamente, simplesmente ele vai falar sobre um álbum que ouviu e gostou (Withney Housten, Gênesis, U2, matar cantando Like a prayer da Madonna kkkk). Muito hilário. A narrativa do Bret me lembra um pouco a do Chuck Palahnuik, mas não quero julgar. Indico muito o livro, mas repito, não é qualquer um que consegue ler. O livro foi adaptado para o cinema no ano de 1999 e é todo ambientalizado nos anos 80, para quem curte é um prato cheio. Abaixo vai o link para o trailer do filme. dirigido por Mary Harron e tendo como Christian Bale no papel de Bateman. Por Rodolfo Vilar
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o ladrão de crianças - gerald brom10/28/2014 Peter Pan de um jeito que você sequer imaginou
Editora: Benvirá Ano: 2014 Páginas: 432 Sinopse: Gerald Brom traz a clássica lenda do Peter Pan para os tempos atuais adicionando grandes doses de sadismo e fantasia. Aqui, Peter é um garoto meio humano, meio qualquer outra coisa, que sequestra jovens pelas ruas de Nova York prometendo-lhes um paraíso sem adultos ou quaisquer regras. Mas, na realidade, eles nem imaginam que quem os esperam são os monstros e os mistérios da ilha de Avalon, onde é preciso ter muito sangue frio para sobreviver. Com ilustrações do próprio autor, O ladrão de crianças é um romance de fantasia obscura que ao mesmo tempo encanta e assombra aqueles que seguem Peter em sua viagem sangrenta e delirante. Então era outubro, e era mês de terror, e eu tinha terminado uma leitura recentemente, daí pensei qual combinaria mais com esse mês. Nem preciso dizer qual escolhi, além do que foi um verdadeiro desafio – meus amigos que o digam quando me viram dizendo logo no começo da leitura “poxa esse livro tem o tamanho da fonte de uma edição econômica, eu nunca vou terminar de ler” e uma semana depois estava chegando na página 150, mais ou menos. Como a sinopse já diz, o livro é sádico, fantástico, obscuro e bem, nem um pouco parecido com as histórias da Disney que estamos acostumados a ouvir. O livro é dividido em cinco partes, cada uma focando numa parte específica da história, sem deixar de lado o que acontece com o todo. Por exemplo, na parte quatro, O Capitão, foca nos acontecimentos que são desencadeados após um erro cometido pelo Ogro e pelos Diabos – ou os “Meninos Perdidos” – a partir, essencialmente, da visão do Capitão Samuel Carver (Capitão Gancho, que não tem gancho nessa versão mais adulta). A história inicia de uma maneira bastante realista com crianças que fogem de casa, abandonam os pais, Peter procura por crianças, sequestra as crianças, mas apenas um tipo certo de crianças. E então as coisas passam a se desenrolar com muitos corpos, sangue, magia, mistério, monstros. A Terra do Nunca ganha um novo nome, a Sininho não é mais a Sininho e o Peter, bem, não tenho muito o que falar para não acabar soltando spoiler. O enredo prende o leitor que a cada página espera saber o que vai acontecer com as crianças, com a Avalon, com o Peter e posteriormente com outros personagens que são adicionados à trama. Me peguei várias vezes indignado, apreensivo, chateado, até magoado até chegar ao final da leitura, que, bem, não chegou a ser nada do que eu esperava duas páginas antes do final. O livro, apesar de sinistro, tem uma história por vezes real e “dolorosa” até demais, as crianças que foram sequestradas que o digam, mas não importa isso, porque nas palavras de Peter é “Hora de brincar”. A coisa (It) - stephen king10/28/2014 Editora: Suma de Letras
Ano: 1986 Páginas: 1104 Sinopse: Nesse romance o mestre do terror nos leva de volta ao tempo em que acreditávamos mais em nossa imaginação, em nossos sonhos e também em nossos pesadelos... Junho de 1958. Derry, pacata cidadezinha do Maine. Início das férias de verão. Para Bill, Richie, Eddie, Stan, Beverly, Mike e Ben, sete adolescentes que, pouco a pouco, se tornam amigos inseparáveis, este será um verão inesquecível. Um tempo em que vão descobrir o doce sabor da amizade, do amor, da união. Uma época em que vão provar o gosto amargo da perda, do medo, da dor. Este será um ano inesquecível. Terrivelmente inesquecível. O ano em que vão conhecer a Coisa, a força estranha e maligna que vem deixando um rastro de sangue na calma Derry. O ser sobrenatural que apresenta um apetite especial por inocentes crianças. Maio de 1985. O tempo passou deixando suas marcas em cada um deles. Já não são mais crianças. Mike Hanlon, o único que permanece em Derry, dá o sinal. Precisam unir novamente suas forças. A Coisa volta a atacar e eles devem cumprir a promessa selada com sangue quando crianças. Só eles têm a chave do enigma. Só eles sabem o que se esconde nas entranhas de Derry. Apenas eles podem vencer o poder maléfico da Coisa. Todo mundo quando pequeno tinha medo de sair da cama para ir ao banheiro no meio da noite. Alguns tinham medo de descer o porão no escuro para pegar alguma coisa. Outros simplesmente não voltavam a noite sozinhos para casa. O medo, todos sentem ele. Mas e se o medo tivesse forma? Stephen King em "It, a coisa" explora exatamente isso, dar forma ao medo das pessoas, configurar os piores pesadelos para serem a arma de morte de cada uma delas. Através do olhar de sete crianças em Derry no Maine, podemos analisar o amplo mundo da infantilidade e inocência. Conseguimos presenciar o presente no ano de 1985 dando voltas no passado em 1958. Stephen consegue mesclar perfeitamente sua narrativa no enredo através do olhar para o passado, somente assim a gente consegue entender o porquê da volta de todos os personagens para Derry. O porquê de cada coisa feita e analisada pelas crianças - hoje adultas - para destruir a coisa. Eu achei o final do livro totalmente nostálgico, quase que eu chorava em descobrir como os amigos terminavam. E acho que esse foi um dos finais mais surpreendentes que já vi em todos os livros que já li. É possível notar como o autor quis nos conduzir através da história, seus lugares,medos e revelações através dos olhos de crianças. É improvável não perceber também como Stephen consegue usar personagens que muitas pessoas não tem um olhar de importância e o transformar em heróis. A história em si tem alguns toques de biografia - na minha opinião. King mostra as formas como o medo pode se alimentar e o quão ele é traumatizante. A coisa é o melhor livro de terror que já li, mas na minha opinião o segundo melhor do autor - impossível tirar o trono de Sob a redoma. Por Rodolfo Vilar O Pacto - Joe Hill10/26/2014 Editora: Sextante Ano: 2010 Páginas: 320 Sinopse: Ignatius Perrish sempre foi um homem bom. Tinha uma família unida e privilegiada, um irmão que era seu grande companheiro, um amigo inseparável e, muito cedo, conheceu Merrin, o amor de sua vida. Até que uma tragédia põe fim a toda essa felicidade: Merrin é estuprada e morta e ele passa a ser o principal suspeito. Embora não haja evidências que o incriminem, também não há nada que prove sua inocência. Todos na cidade acreditam que ele é um monstro. Um ano depois, Ig acorda de uma bebedeira com uma dor de cabeça infernal e chifres estão crescendo em suas têmporas. Descobre também algo assustador: ao vê-lo, as pessoas não reagem com espanto e horror, como seria de esperar. Em vez disso, entram numa espécie de transe e revelam seus pecados mais inconfessáveis. Um médico, o padre, seus pais e até sua querida avó, ninguém está imune a Ig. E todos estão contra ele. Porém, a mais dolorosa das confissões é a de seu irmão, que sempre soube quem era o assassino de Merrin, mas não podia contar a verdade. Até agora. Sozinho, sem ter aonde ir ou a quem recorrer, Ig vai descobrir que, quando as pessoas que você ama lhe viram as costas e sua vida se torna um inferno, ser o diabo não é tão mau assim. Para os que não sabem, Joe Hill é filho de Stephen King e esse foi o primeiro dos seus livros que eu li. É possível encontrar traços da genética em sua escrita, mas diferente de King eu adorei os traços de humor que ele coloca nas falas dos personagens e até mesmo algumas cenas, como por exemplo as confissões toda vez que alguém enxerga os chifres de Ig. O pacto não é um livro tão pesado comparado com os do gênero que seu pai está acostumado a escrever, mas também não é um livro recomendado para aqueles que não estão cientes de sua linguagem e a descrição de certas certas que fazem o leitor sentir a realidade da história que ele quer transmitir - Juro que eu fiquei com uma tremenda raiva ao ler a cena da morte de Merrin. Com uma pequena crítica religiosa que diz respeito ao pecado e a forma como estamos acostumados a conhecer ele, Joe Hill nos coloca na experiência de ser o diabo por algum momento e ao tranformar seu personagem principal Ig em capeta, uma forma de metáfora, nos faz criar a dúvida: Quem é pior em termos de maldade? O homem ou o diabo? O livro teve uma adaptação recente para os cinemas, tendo o Daniel (Harry Potter) no papel de Ig. O filme é quase totalmente igual ao enredo original, apenas com alguns fatos que precisaram ser mudados para a adaptação cinematográfica, mas isso é possível ser entendido ao ver o filme. Ambos são bons e valem uma ótima leitura (Assistida). Principalmente agora para essa semana do Halloween. Por Rodolfo Vilar
Agora que muitos já viram a "maior parte" da saga Jogos Vorazes, é válido comentar um pouco sobre a personagem que faz esses Jogos valerem tanto a pena serem lidos. (PODE CONTER SPOILER) Antes de começar a falar da saga, eu queria abrir um adendo e dizer que fora Wondla e Como treinar o seu Dragão, essa foi a única saga que me interessou à leitura dos livros. E eu até recomendaria se não fosse parecer um pouco infantil demais. Mas vamos lá, Suzanne Collins traz para nós, leitores e bookaholics, uma distopia (me corrija se eu estiver errado) muito interessante. O lugar é a terra. O país, é Panem. Uma Nova América. Contando com 12 distritos - ou melhor, 13 - e uma forma de impor seu poder sobre eles, digamos, um pouco agressiva. Anualmente, uma garota e um garoto de 12 a 18 anos são escolhidos de cada distrito para lutar até a morte em uma arena repleta de desafios, surpresas e perigos. Das 24 crianças escolhidas, apenas uma sai vencedora. Ou pelo menos é isso o que se espera. É nesse momento da história que conhecemos a pessoa que vai mudar o rumo de tudo o que conhecemos - ainda que superficialmente - sobre Panem. Narrado completamente em primeira pessoa, o livro conta a história de como a 74º edição dos Jogos Vorazes foi marcante para todo o país de Panem, e posso ser um pouco ousado ao dizer do mundo real. No meio disso tudo ainda vemos aqueles romancezinhos superficiais que terminam por se tornar em paixonite (?) ou amor (?) que acaba dividindo a Katniss Everdeen (pernsonagem e narradora), que conhecemos como aquela pessoa que traz o sustento e a comida para casa, entre Peeta Mellark e Gale Hawthorne. Mas como se isso não fosse suficiente para a vida da Katniss, ela ainda se oferece como voluntária no lugar da sua irmã - Primrose Everdeen, escolhida como tributo para os Jogos Vorazes. Sobre o livro: Apesar de ser dividido em três partes, eu achei os primeiros capítulos que antecediam os Jogos um pouco lentos, mas logo ao chegar na parte II e entrar de vez na arena as coisas mudam quase que totalmente. Cada capítulo leva ao outro diretamente e quando se começa não consegue mais parar. E aí a gente vibra, corre, dorme, espreita, foge, chora como se fosse personagem ali. Até que chegamos ao vencedor. Vencedores. E é então que Katniss vai aos poucos se transformando: de voluntária e “amante desafortunada” em símbolo de desafio direto à Capital. Santas amoras! NAVEGUE POR CATEGORIAS!Para facilitar sua procura, busque abaixo na lista o nome do autor que você procura. AUTORES
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April 2021
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