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Da Prosa, da Flip, da vida | Hilda Hilst8/11/2018 Durante todo o mês de julho vários canais, perfis, celebridades e editoras comentaram e compartilharam de suas leituras de Hilda Hilst. Um dos motivos? A autora ser a homenageada da Flip de 2018, tendo como temática boa parte de sua prosa e poesia. Fico fascinado ao saber que uma artista tão renomada como Hilda Hilst fique na boca do povo e passe a ser tão popular como aconteceu recentemente durante essa feira, e isso não é para menos, já que não somente os burburinhos fazem incendiar a vontade de leitura pela autora, mas sim a sua forma tão peculiar e arrebatadora de escrever. Hilda não é somente um nome em meio a tantas autoras brasileiras consagradas, mas sim também um peso em transformar a estética literária do Brasil. Com a Flip 2018, a editora companhia das letras relançou todas as suas obra de prosa num só volume fabuloso que encantou a fãs e novos leitores da autora. Assim como também já tinha feito com sua produção literária, o livro traz a reunião de todos os romances e contos produzidos pela autora em torno de 27 anos de produção, o que sinceramente não é pouca coisa. Em 2017, a Companhia das Letras passou a publicar a obra completa de Hilda Hilst, começando com Da poesia, edição que reúne pela primeira vez toda a sua obra poética e que inclui, além de mais de 20 títulos, uma seção de inéditos e vasta fortuna crítica. Em maio de 2018 foi a vez de Da prosa, reunião de sua ficção publicada entre os anos 1970 até o final dos anos 1990, que conta também com textos de Daniel Galera e Carola Saavedra. Nascida em Jaú (SP) em 1930, Hilda Hilst formou-se em Direito pela USP e, aos 35 anos de idade, mudou-se para a chácara Casa do Sol, próxima a Campinas. Lá, na companhia de dezenas de cachorros, ela se dedicou integralmente à criação literária, entre livros de poesia, ficção e peças de teatro. Nos anos 1990, irritada com o parco alcance de sua escrita, anunciou o “adeus à literatura séria” e inaugurou a fase pornográfica, com os títulos que integrariam a polêmica “tetralogia obscena” – três livros de prosa e Bufólicas, de poemas. Hilda morreu em 2004, em Campinas, e hoje a Casa do Sol é sede do Instituto Hilda Hilst, onde se realizam residências artísticas e encenações de peças de teatro. A leitura do Da Prosa é uma experiência única ao leitor de primeira viagem, já que sem sentir passamos por caminhos pedregosos em relação à sua maneira de escrever. Com o passar das páginas seus romances passam a um sentido transcendental de experiência sensorial, já que diversas vezes somos remetidos a uma forma única de fluxo de pensamento apresentado pela escritora. Alguns dizem para começar a leitura pelos seus poemas, outros pela prosa. Comecem como vocês quiserem, desde que entendam que a leitura da Hilda é uma viagem sem volta e salvação. Abaixo você confere algumas fotos da edição lançada pela Companhia das Letras do Da Prosa. Por Rodolfo Vilar
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