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Contos Completos (Vol. 1) | Tolstói (Análise completa)

5/21/2016

 
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Ultimamente minhas leituras passaram a se tornar mais densas, cheias de enredos bem construídos e uma necessidade de atenção maior, o que requer um dobro de leitura mais detalhada para que se possa entender as entrelinhas, as alegorias e os conflitos que na verdade são mais que conflitos, são alusões a nossa realidade atemporal. Porém sinto-me cansado, entrando lentamente numa leve ressaca literária que me tira a atenção e faz com que a minha cabeça viaje para lugares mais confortáveis e de fácil acesso. Quando isso acontece a melhor coisa que consigo fazer é ler contos ou crônicas, textos de fácil leitura, um ou poucos pontos narrativos, exatamente como uma fotografia de um determinado momento de certa personagem. Os contos me relaxam de uma maneira incrível, porque mesmo querendo fugir da leitura são eles que me manterão conectados com meu vício na leitura sem abandonar o hábito.

Este post será para falarmos sobre o primeiro volume do Contos Completos do Liev Tolstói. Decidi começar a leitura desses livros de maneira lenta, prazerosa e homeopática. Essa edição contém 14 contos do autor russo que relatam além de experiências e espaços geográficos, um pouco da cultura da Rússia que vai evoluindo conforme o mesmo a escreve. É perceptível como todos os textos são uma referencia ao que o Tolstói passou em vida, criou como meta de pensamento e observou durante sua longa jornada. O mais lindo dessa edição também são as fotografias que acompanham a abertura da coleção, fotografias tiradas pelo artista russo Serguei Mikháilovitch Prokúdin-Gorskii que capturam cenários lindos da Rússia em seu momento Imperial, campestre e do cotidiano das famílias de um modo geral.

​O post será atualizado conforme a leitura de cada conto, sendo acrescentado ao mesmo corpo do texto e informado de cada atualização. Por isso convido vocês a conhecerem esse autor tão fabuloso que foi Tolstói e os incito a gostarem de sua prosa deliciosa. Boa leitura. 

A INCURSÃO (conto de um voluntário)

Para os que não sabem, Tolstói serviu militarmente durante os anos de 1851 a 1855, o que faz com que ele tenha uma grande experiência detalhista para relatos e observações sobre as atividades militares – como por exemplo, sua maestria em Guerra e Paz. Nesse primeiro conto somos introduzidos num ambiente de concentração de formação de guerra, onde um sujeito está a observar um pelotão de soldados que acabam de montar acampamento para que logo na manhã seguinte possam continuar com sua jornada e sua missão. Porém esse sujeito, enquanto conversa com o chefe desse pelotão, um sujeito chamado Mikhailo, pede para que possa acompanhá-los como uma experiência de observação daquilo que ele poderá aprender sobre o oficio de soldado. O capitão não o repele, mas o adverte “Se você apenas quer saber como as pessoas se matam, leia um livro sobre guerra”. O outro, um tanto contrariado com a observação do capitão, diz que apenas quer observar as articulações, o significado de coragem (nessa parte há uma bela discussão sobre o conceito de coragem) e viver. Daí então que o conto se chama “A Incursão – Conto de um voluntário”.

Conforme avançamos na leitura percebemos as observações que o sujeito faz a partir de sua visão: O quanto ele se admira com a linda paisagem que para quase nenhum soldado é significativa, as funções que cada homem desempenha dentro da hierarquia e o sentido da guerra que cada um carrega consigo. Se pararmos e analisarmos com cuidado, veremos o jovem Tolstói com 26 ou 27 anos experimentando os sabores da guerra, o sentido de lealdade que existe dentro do regimento e como cada um interage em relação à missão que carrega dentro de si. Qual o sentido da guerra? ele se pergunta.

​Além de filosofarmos sobre esses assuntos, também somos embriagados com a belíssima descrição que o autor faz sobre as paisagens, os personagens e até mesmo seus sentimentos carregados de explosões de confusão e admiração. Um conto lindo na medida certa e questionador em excesso. 

MEMÓRIAS DE UM MARCADOR DE PONTOS DE BILHAR

Como o próprio título nos informa, Tolstói em seu próximo conto nos convida a adentrar dentro das memórias de um certo sujeito que tem como oficio o de contar pontos de bilhar dentro de um cassino. O conto não nos relata apenas memórias, mas sim também uma minuciosa descrição de personagens e clientes que desfilam pelas noites do cassino, fazendo com que nosso personagem os categorize de acordo com suas profissões, atitudes, apelidos e etc. Porém nosso marcador, que por sinal tem como nome Petruchka, está fascinado por um determinado cliente novato que acaba de chegar no estabelecimento. Pelas suas observações o sujeito é estranho, comporta-se tímido e não é igual a nenhum daqueles outros sujeitos espertos e melindrosos que frequentam o lugar. Como foco principal do enredo desse conto, Tolstói irá nos contar o declínio desse sujeito novato ao mundo do jogo, narrando sua intromissão nas apostas, suas loucuras quanto a barganhar amizades e o preço que paga ao participar daquilo que nunca fez parte. 

Supostamente o conto faz referência a uma época da vida do próprio autor, esse que vivia preso ao vício de jogos, partidas de poker e risco das apostas. O curioso é que o mesmo se repete em alguns momentos do próprio romance Guerra e Paz. O ápice do conto acontece quando nosso narrador, que é o marcador de pontos de bilhar, após criar uma certa relação com o sujeito preso em suas dívidas de jogo, procurar saber o real motivo que o levou a estar naquele estado. Inevitavelmente após um determinado fato, é que somos mergulhados numa resposta profunda e filosófica que o próprio jogador nos deixa. Sendo esse o final maravilhoso para o conto. 

A DERRUBADA DA FLORESTA (Conto de um Junker)

Soldados caminham em plena floresta deserta (ou não) a procura de um lugar como abrigo. Para montarem acampamento, e também para que as outras tropas prossigam na missão com mais facilidade, alguns mancebos derrubam árvores, abrem clareiras e deixam o terreno limpo para movimentação. Durante toda essa operação o capitão fica a contemplar seus submissos, a natureza e as razões para estar exatamente naquelas condições. 

Tolstói nesse terceiro conto da coletânea retorna ao cenário da guerra presenciado no primeiro conto que abre esse especial. É durante as missões no Caucáso que nosso autor descreve um cenário psicológico e filosófico onde seus personagens se transformam em mais que marionetes, mas sim num retrato contemplativo sobre a missão que cada um tem verdadeiramente com suas atitudes perante servir ao exército russo. 

Nesse conto Tolstói nos retrata não somente um descrição física sobre os lugares, as pessoas e os sentimentos, mas também uma descrição psicológica sobre as reais razões para que a maioria dos soldados que ali se encontram estejam arriscando suas vidas. Para isso o personagem principal dividi categoricamente os oficiais que conhece em grupos. Alguns necessitam estar ali para mostrarem ao regressar o valor de importância que supostamente desempenharam no serviço militar, alguns servem pelo valor moral que carregam e amor à pátria, alguns simplesmente desconhecem a real razão de seu serviço: servirem de palhaços talvez. Com esse conto Tolstói nos mostra mais uma vez sua destreza no poder descritivo de suas palavras, assim como também em contar suas reais experiências durante o período em que serviu ao exército russo. Em suma, um excelente conto.   

SEBASTOPOL NO MÊS DE DEZEMBRO

De todos os contos desse volume, esse é o meu preferido. Não pelos personagens (que aqui são bem descritos), não pela paisagens e lugares (que nesse conto transbordam das páginas com esplêndidas descrições), mas simplesmente pela narração deliciosa que Tolstói constroí ao nos apresentar a vila de Sebastopol. 

Para que conheçamos Sebastopol Tolstói nos segura pelas mãos e nos leva ao comércio local com seus comerciantes, marinheiros e pessoas comuns no seu dia-a-dia comum. O Estado está em guerra, mas a vida precisa continuar, e é exatamente isso que o autor descreve com tanta precisão de detalhes. Somos convidados a conhecer o cotidiano das mulheres e homens que por ali circula, entramos em tabernas movimentadas de soldados a conversar, não sobre as perdas da guerra, mas sim o que ela tem de triunfante e heroica. Atravessamos um hospital em pleno funcionamento conturbado lotado de doentes, homens amputados pelas bombas e caídos da guerra. E por fim, chegamos ao centro de tudo: O campo de guerra. 

Com tantos detalhes Tolstói nos mostra não somente cenários, mas sentimentos, sensações e lembranças que ele mesmo sentiu e quer transmitir com tanta maestria para seus leitores. Além de um relato de guerra esse conto se transforma num relato sobre a verdadeira essência da guerra para o homem que dela faz parte. 

SEBASTOPOL EM MAIO

Nesse segundo conto sobre Sebastopol, Tolstói constrói como num ensaio, aquilo que veremos grandioso em "Guerra e Paz'. 

Quem já leu G&P irá vibrar ao ler "Sebastopol em Maio", com personagens que se assemelham fisicamente e sentimentalmente aos mesmos de sua Magnus Opum. Nesse conto somo convidados mais um vez a adentrar o mundo da guerra, porém com um olhar mais crítico e humano para aquilo que acontece ao nosso redor. Através do soldado Mikháilov conhecemos pessoas reais, exercendo suas funções destinadas a pátria ou simplesmente por pura vaidade. O autor nesse enredo constrói primeiramente uma crítica a burguesia e a Aristocracia como um pano de ilusão para a sociedade do século XVIII, que desenrola em aspectos que beiram a verdadeira missão de cada um e o destino cruel que cada individuo carrega, até tocar em assuntos como morte e medo.

Mais uma vez nesse conto Tolstói se mostra como um admirável contista, que através de um narrador intrometido e delicioso consegue narrar tão bem aspectos do período de guerra e as características da cidade e de seu povo. O conto ao final se transforma numa grande lição de moral onde o próprio autor diz não querer balancear o que é o bem ou o mal, mas sim usar como personagem principal apenas a verdade.  

SEBASTOPOL EM AGOSTO DE 1855

Finalizando a trilogia de contos sobre Sebastopol, Tolstói traz nesse derradeiro conto sobre a cidade sitiada, a convivência entre os dois irmãos Koziéltsov, ambos jovens soldados que estão a experimentar as derradeiras vitórias que a guerra possa proporcionar. O irmão mais velho é quem mostra o cenário para o mais novo, novato que acabou de formar-se na escola de cadetes e ainda não entende a verdadeira glória da guerra, essa muito diferente do pensamento heróico que o jovem Koziéltisov trás em seus anseios. Entre filosofias sobre morte, glória, heroísmo e bondade, Tolstói utiliza de dois personagens bem singulares para mais uma vez descrever a verdadeira face do sentido de guerrear. 

A NEVASCA

Assim como Sebastopol no mês de dezembro, A Nevasca também é um dos meus contos preferidos desse volume. É nele que Tolstói cria uma narrativa totalmente focada na descrição, onde através de belíssimas paisagens cobertas de neves somos convidados a sentir na pele o desespero de um grupo de homens que perdem-se na neve e tentam a todo custo encontrar uma solução para salvarem-se da neve, do isolamento e da morte. Em meio a narrativa do momento Tolstói mescla um enredo que envolve a situação presente de desespero junto com visões do personagem que sente-se desolado por sentir que não conseguirá salvar-se da morte. Não tem como não ficar grudado até o fim do conto para saber o resultado da empreitada construída pelo autor. 

DOIS HUSSARDOS

Ainda um pouco fora da temática militar, Tolstói nos conta mais uma história sobre os costumes, a jogatina e as tradições familiares da aristocracia russa. Porém "Em dois Hussardos" ele resolve brincar com o tempo, escrevendo um conto que se passa entre o antes e o depois de quase vinte anos, numa perspectiva sobre um estranho (mas simpático) Conde durante o passado e seu filho no tempo presente. É durante esse conto que somos mais uma vez mergulhados nas jogatinas entre os oficiais, os hábitos educados de convites tradicionais para festas típicas e inclusive um velho romance que destoa diante do passar do tempo e dos personagens que são apresentados como protagonistas. É um conto muito bem construído, detalhado ao máximo sobre sentimentos e observações acerca de personagens e com um toque nostálgico que somente o Tolstói consegue criar. 

DAS MEMÓRIAS DO CÁUCASO (O Rebaixado) 

Estamos mais uma vez em campo militar, em plena guerra. Novamente somos apresentados a um personagem que destoa dos demais não só por ser o narrador do conto, mas também por ser um personagem crítico, avaliador e que nos mostra o psicológico e emocional dos que ele observa. Nessa narrativa conhecemos Gúskav, um jovem oficial que injustamente é discriminado por ser pobre, vir de uma família não tradicional e possuir pensamentos diferentes dos de seus colegas. Gúskav encontra em nosso narrador uma amizade que o faz ser sincero sobre seus próprios medos, as angústias de estar na guerra e a verdade disfarçada do sentimento de ser um soldado. É mais um conto onde Tolstói nos mostra seu lado crítico a respeito do heroísmo falso que criam em ser soldado e das próprias angústias que ele mesmo deva ter sentido no seu período como guerrilheiro. 

MANHÃ DE UM SENHOR DE TERRAS

Após o autor retratar um pouco sobre suas experiências como militar, suscitar o espírito do vício dos jogos e todo aquele auge de sua juventude, agora Tolstói nos carrega para o período colonial rural, onde de maneira bastante descritiva - e muitas vezes desesperadora - onde através dos olhos de um jovem sonhador chamado Nekhliúdov, iremos conhecer uma Rússia mais feudal, com seus costumes vassalos e toda a cultura dos senhores serem donos não somente de bons pedaços de terra, mas também até de homens e mulheres que vivem apenas para seu sustendo minguado. 

É em "Manhã de um senhor de terras" que Tolstói nos apresenta a mente de um jovem sonhador. Nekhliúdov, agora com seus dezenove anos completos, decidi desistir da faculdade para dedicar-se a tomar conta de suas terras, o que para ele seria uma tarefa fácil, até quando somente na prática ele entende o quando administrar seus bens não somente corresponde a fazer cálculos, mas sim também ser responsável por vidas. Com o espírito efervescido pelas mudanças, ele terá que entender que nem tudo que planeja como melhoria para seus servos é algo bom para toda a comunidade. Com esse conto Tolstói nos abre os olhos para o período colonial da Rússia rural e dependente de seus costumes tradicionais. 

DAS MEMÓRIAS DO PRÍNCIPE D. NEKHLIÚDOV

Ainda usando como personagem o Nekhliúdov, nesse conto conhecemos o mesmo jovem já maduro e bem longe do cenário rural onde o vimos anteriormente. Agora na cidade de Lucerna, especificamente em um hotel importante da cidade, adentramos dentro de uma narrativa que descreve perfeitamente os cenários da sociedade burguesa, com seus luxos, festas e álcool. O Nekhliúdov mais maduro possuí uma percepção mais acerbada sobre o sentido da vida, o que o faz perambular pelas noites da cidade sombria à procura por respostas que ele não sabe ao certo se as encontrará. O conto é, na minha opinião, carregado de uma melancolia e sobriedade que me arremeteu a pensar num Tolstói confuso e andarilho. 

ALBERT

Esse é um conto visceral. Visceral no sentido de retratar algo bem peculiar. O conto começa de um ponto que não entendemos bem a relação que se estabelece entre os personagens que nos são apresentados. Mas após concluir os laços que são criados, o grande problema e a paixão apresentada são os pontos principais que permeiam o enredo. O vício, talvez seja ele o personagem principal de nosso conto. Enxergamos um personagem alcoólico, à merce de sua vontade e de seus desejos e que necessita desse estado de entrega suja para conseguir ser artisticamente quem ele é. Tolstói aqui toca mais uma vez sobre o tema do vício,dessa vez retratado na bebida como um dos demônios principais de suas histórias. 

TRÊS MORTES

Em "Três mortes" Tolstói vai tocar num assunto que permeia sobre muitas de suas obras, a morte. De um ponto de vista bastante sútil o autor irá nos contar o desenrolar e a situação de três personagens (daí o motivo de serem três mortes) que nos parecerão de certa forma bastante sem sentido, fazendo com que somente no final do conto é que as conexões e os sentidos se estabeleçam e a mensagem metafórica sobre o sentido da vida seja contemplada, revelando assim então a terceira morte que ocorre dentro do conto. É simples, muito bem escrito e poderosa.  

POLIKUCHKA

Fechando o primeiro volume dos contos completos temos o conto do querido do Polikuchka. Tolstói aqui nos conta o valor da lealdade e as consequências de uma mente fraca. Num certo povoado estão para decidir quem mandar para a guerra, o que nos faz entender os motivos que cada um levanta - maldosos ou não - para se salvar de não ser enviado para prestar serviços. Todo o conto se baseia no fato das relações entre patrões e criados e seu final é muito pesado e realista, fazendo com que esse seja um dos meus proferidos. 
Escrito por Rodolfo Vilar
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Guerra e paz | Tolstói (Parte I)

3/24/2016

 
Nesse especial para o Bodega Literária falaremos sobre "Guerra e paz" do Liev Tolstói. Na primeira parte desse vídeo, damos alguns motivos para que você tenha vontade - e coragem - de ler esse clássico russo reconhecido mundialmente. Confira o vídeo e não esqueça de se inscrever no canal para receber mais novidades em seu feed. 
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