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Para sempre Alice - Lisa Genova3/31/2015 Editora: Nova Fronteira Ano: 2009 Páginas: 283 Alice (no filme, interpretada por Julianne Moore) sempre foi uma mulher de certezas. Professora e pesquisadora bem-sucedida, não havia referência bibliográfica que não guardasse de cor. Alice sempre acreditou que poderia estar no controle, mas nada é para sempre. Perto dos cinqüenta anos, Alice Howland começa a esquecer. No início, coisas sem importância, até que ela se perde na volta para casa. Estresse, provavelmente, talvez a menopausa; nada que um médico não dê jeito. Mas não é o que acontece. Ironicamente, a professora com a memória mais afiada de Harvard é diagnosticada com um caso precoce de mal de Alzheimer, uma doença degenerativa incurável. Poucas certezas aguardam Alice. Ela terá que se reinventar a cada dia, abrir mão do controle, aprender a se deixar cuidar e conviver com uma única certeza: a de que não será mais a mesma. Enquanto tenta aprender a lidar com as dificuldades, Alice começa a enxergar a si própria, o marido (Alec Baldwin), os filhos (Kate Botsworth, Hunter Parrish e a queridinha de Hollywood, Kirsten Stewart) e o mundo de forma diferente. Um sorriso, a voz, o toque, a calma que a presença de alguém transmite podem devolver uma lembrança – mesmo que por instantes, e ainda que não saiba quem é. Para sempre Alice é um livro que retrata a vida dos portadores do mal de Alzheimer, mas que além disso nos mostra uma grande lição para a vida: Que nos nunca devemos confiar ou nos segurar de quem somos eternamente. Lisa Genova consegue através de seu personagem nos transportar para um mundo de incertezas, dúvidas e de um grande processo de perda de identidade. Já se imaginou você daqui a alguns anos não sabendo mais quem você próprio é? Sem saber o que você ganhou na vida? Quem você amou? Não é a toa que Julianne Moore ganhou o Oscar de melhor atriz interpretando essa personagem. O prêmio foi merecidissímo, uma vez que ela retratou com exatidão a vida dos diagnosticados com o Alzheimer. Para conferir o trailer do filme produzido ano passado, clique no link abaixo: O final do livro é impressionante! Me fez chorar litros! É sobre entender que mesmo as pessoas sem memória - como Alice - com total falta de identidade, são capazes de desempenharem um papel importante em suas vidas, mesmo estando "vazias" por dentro. Como por exemplo Alice, que batalhou durante anos para encontrar uma solução para seu problema, mas que mesmo o resultado sendo em vão, ela conseguiu fazer de seu esforço uma causa nobre e perpetua.
Por Rodolfo Vilar
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Obs: Post referente às páginas 185 à 276 Flashback : Como de costume, se você é novato por aqui e não sabe do que se trata esse diário de leitura, entre nos links abaixo para entender do que se trata o #DesafioInfinito, saber mais sobre o sinopse do livro e o que aconteceu anteriormente na semana passada. Okay? Introdução ao #DesafioInfinito Parte I do #DesafioInfinito Parte II do #DesafioInfinito Playlist no youtube do #DesafioInfinito Muita coisa aconteceu em mais 100 páginas lidas. Posso dizer que acima de tudo o livro (de 1,5 kg) virou meu companheiro. Carrego-o dentro da bolsa para todos os lugares, leio durante os intervalos, enquanto o almoço não fica pronto, na fila do banco e em muitas outras oportunidades que consiga devorar esse monstro. (Acho que o apelidarei de Pequeno Monstrinho kkk). Minha cabeça anda confusa em alguns aspectos, mas já esperava que isso fosse acontecer, em outros pontos tudo ficou claro e a forma narrativa (exausta) do livro (de 1,5 kg) está virando rotina e ler outras coisas agora é fichinha. Mas vamos ao que interessa. Sobre o enredo: Desde o inicio do livro até agora recebemos uma carga enorme de informações sobre lugares, personagens, instituições, regras de convivência, efeitos de diversas drogas, pensamentos desconexos e muita, mas muita coisa mesmo. Algumas dessas informações são extremamente importantes, é como um grande retalho que aos poucos vai sendo costurado e somente quando nos afastamos (quando lemos mais páginas) é que a coisa vai ganhado sentido e forma. A muitas coisas lidas que agora fazem sentido. Reclamar da leitura de algumas até pode ser válido, mas jamais descarte qualquer informação, porque até a menor delas pode ser algo essencial e importante (como por exemplo, explicar a morte do personagem principal). O site Posfácio chamou o Graça Infinita de “uma grande enciclopédia”. Pego esse mesmo termo utilizado pela galera do site e a parafraseio dizendo que o David Foster Wallace nada mais é que um grande colecionador, na verdade um grande catálogo humano ambulante sobre descrever os mais pequenos detalhes, banais ou não, das características humanas. Fico imaginando como possa ter sido para ele escrever esse livro. Fico imaginando ele andando por ai com um imenso rascunho anotando tudo que consiga observador ao seu redor, desde as reações da sociedade ao seu redor até os atos mais detalhistas das ações praticadas pelos diversos tipos de individuo. Posso dizer que David Foster Wallace nada mais é que um Michelangelo da arte literária. Lá no inicio nos foi apresentado a longa lista Cinegráfica de todo material produzido pelo James O. Incandenza. Não nos é surpresa deparar com alguns fatos que ocorrem durante a história levarem o nome de algumas obras reproduzidas pelo mestre do cinema e entretenimento. Entender o que James Incandenza produziu em sua vida é importante para conseguir entender alguns fatos sem resposta que desenrolam no enredo de Graça Infinita. Joelly-Orin-James: Até que enfim surge um personagem para nos explicar o mais importante da história “Por que afinal de contas James Incandenza morreu?”. Joelly (ou Madame Psicose) é uma grande atriz conceituada que fez parte de alguns papeis produzidos por Sipróprio. Conseguimos ver através de Joelly a relação em que ambos, ela e James, mantinham, sendo possível ser um dos principais motivos do próprio James estar tão afastado da família, principalmente de sua esposa Avril. É nessa relação entre James e Joelly que nasce o cartucho da produção do Graça Infinita – que até agora não sabemos do que se trata em seu todo – que deveria ser enterrado com o corpo de James, mas que de alguma maneira foi raptado – a gente não sabe por quem – e está sendo disseminado como uma arma de morte. Lembrando também que Joelly mantinha um caso com Orin. Coisa bastante peculiar de se entender. Durante uma ligação entre irmãos: É durante as ligações entre Orin e Hall (com textos fabulosos) que descobrimos mais sobre o enredo da história. Então aqui vai alguns fatos curiosos. E para você que ainda não leu esse trecho de Graça Infinita, cuidado! Isso poderá ser spoiler! É nessa ligação que descobrimos que realmente os AFR’s ou Cadeirantes assassinos estão investigando a família Incandenza. Há um momento em que o Orin se sente preocupado em descobrir que está sendo seguido em todas as partes por cadeirantes, mas não cadeirantes de certo modo debilitados, mas sim caras parrudos e mal encarados. Porém a grande preocupação de Orin para realizar essa ligação não são os cadeirantes o seguindo, mas sim estar preocupado em fazer uma entrevista e não conseguir dar informação de como o seu pai morreu, uma vez que durante essa época ele estava totalmente afastado da família. Hal, super despreocupado enquanto está cortando suas unhas, nos conta como ele próprio descobriu o seu pai morto (de uma maneira bem bizarra) e nos revela mais algumas curiosidades e todo o seu processo para sair do luto após a morte de seu amado pai. Outras curiosidades: Em certos momentos conseguimos conhecer mais sobre a geografia de Enfield. Sabemos agora, por exemplo, que essa avenida, onde estão incluídos vários hospitais, escolas e etc., também é o centro para grandes corporações, igrejas e renomadas escolas de alto nível. É como se o DFW mostrasse a América (ONAM) como um grande centro de Compre-reze-estudo-e-seja-feliz. Sabemos finalmente como é realizado os torneios de tênis entre as escolas (ATExATPW), o treinamento de cada competidor e a forma como as partidas são elaboradas. Lembrando que Orin está entre um dos melhores alunos da classificação anual do AFGD. Conseguimos também entender como funciona a clinica de reabilitação Ennet, seus vários núcleos numerados de acordo com os males apresentados por cada paciente e conhecemos Mini Ewell e sua mania em catalogar as tatuagens dos residentes do estabelecimento – nesse trecho DFW faz uma magnifica reflexão sobre a vida. E por fim conhecemos a DMZ! Uma poderosa droga contrabandeada do período antes do subsidio capaz de produzir grandes estragos em quem a consome. Mas o que há por trás dela? Qual seu papel? Então é isso! Espero terem gostado do que rolou por essa semana e também espero que todos compareçam na próxima semana para mais cem páginas. Se você está lendo esse tijolão, ótimo! Acompanhe-me nessa aventura e deixe seus comentários logo abaixo. Lembre-se de visitar a página dos vídeos do Bodega no youtube e compartilhar esse momento de leitura com os amigos. Até a próxima! Por Rodolfo Vilar Editora: Novo Conceito Ano: 2015 (Lançamento dia 06 de abril) Páginas: 288 Hoje recebemos uma encomenda da Editora Novo Conceito. Abrimos e encontramos um livro e um recado: "Não vamos pedir muita coisa: Leia. Você vai entender por que este livro mexe tanto com a gente."
Gente! E num é que mexeu mesmo! Mas vamos com calma. Explicarei o motivo para tanta emoção. Mas primeiro falaremos sobre a sinopse desse livro. Depois da morte de seu amigo, Sam parece um fantasma vagando pelos corredores da escola - o que não é muito diferente de antes. Ele sabe que tem que aceitar o que Hayden fez, mas se culpa pelo que aconteceu e não consegue mudar o que sente. Enquanto ouve música por música da lista deixada por Hayden, Sam tenta descobrir o que exatamente aconteceu naquela noite. E, quanto mais ele ouve e reflete sobre o passado, mais segredos descobre sobre o seu amigo e sobre a vida que ele levava. A história em si me pareceu muito sentimental, tanto do ponto de vista sobre perdas - onde Sam, nosso personagem principal, perde seu amigo - quando no sentido de descobrir o sentido sobre a vida, tanto a sua como daqueles que te cercam. Imagine-se chegar na casa de seu amigo e descobrir que ele se suicidou sem deixar respostas para isso, apenas um bilhete e um pen drive cheio de músicas para serem ouvidas. É exatamente isso que acontece com Sam. Após a morte de seu amigo Hayden ele descobre que a vida, seu cotidiano, não é a mesma de sempre. Existe um vazio deixado pela perda de seu amigo que se torna algo incompreensível e sentir culpa é um das melhores respostas que ele acha para isso tudo. Logo nas primeiras páginas sentimentos a dor da perda representada no momento em que Sam descobre seu amigo morto, Michelle Falkoff (a escritora) foi muito detalhista em focar isso logo de inicio, nos fazendo conhecer Sam a nossa maneira, com suas músicas, e somente a seus olhos é que descobrimos quem Hayden foi de verdade. Nesse momento de perda e recuperação de seu cotidiano, Sam conhece Astrid, uma menina um tanto excêntrica mas que se mostrará tão parecida com Sam em seus gostos e atitudes que pode apostar que daí surgirá uma grande amizade. Ou seja, o livro em si é cheio dessa temática sobre amizades, perdas, bullying e auto-conhecimento, prometendo ser uma história cheia de pontos altos e com uma linguagem super gostosa de acompanhar. O ponto alto da história: O que mais achei interessante e legal nesse livro são os capítulos serem divididos com os nomes das músicas que estão dentro do pen drive deixado por Hayden depois de sua morte. Cada capítulo é uma música diferente, essa que contará detalhes sobre a história da amizade entre Sam/Hayden. Ouvir as músicas é entender o que aconteceu de verdade com Hayden, tentar entender o que aconteceu até sua morte. Agora me diga se não tem coisa melhor que misturar música e livro? Confesso que enquanto lia os oito primeiros capítulos da história, já ia montando minha playlist no celular só para acompanhar a leitura e a sentimentalização dentro do enredo. (Dica!!!) Então é isso, se você ficou curioso para conhecer mais sobre o livro entre agora mesmo no site da Editora Novo conceito para mais detalhes. O livro tem o lançamento previsto para o dia 6 de Abril e você pode comprar o seu na pré-venda clicando aqui! VOCÊ NUNCA CONHECE UMA PESSOA ATÉ OUVIR O QUE ELA GOSTA! Por Rodolfo Vilar Obs: Post referente as páginas 94 à 184. Flashback: Antes de mais nada, se você ainda não sabe do que se trata esse diário de leitura, entre nos links logo abaixo para entender do que se trata o #DesafioInfinito, saber mais sobre a sinopse do livro e o que aconteceu anteriormente na semana passada. Okay? Introdução ao #DesafioInfinito Parte I do #DesafioInfinito Playlist no Youtube do #DesafioInfinito Entendimento dos núcleos: Sim, a partir de mais de cem páginas lidas começamos a entender um pouco como funciona os núcleos de Graça Infinita. Como já sabemos desde o inicio, eles são vários. Mas podemos citar alguns mais importantes, esses que desenrolam no que basicamente a história vai tramar. Em outros vemos apenas personagens sendo citados, histórias sendo contadas. Como você estar na presença do próprio autor, numa mesa de bar tomando um chop, e ele a lhe contar pequenos relatos da vida (quem sabe os causos dele mesmo). Sendo assim, quero destacar os principais núcleos presentes nesse livro que contribuem com a construção do enredo que pelo que sabemos de antemão, se construirá mais a frente. A Academia de Tênis Enfield (ATE): David Foster Wallace nos apresenta diversos personagens, secundários ou não, que nos mostrarão através de seu cotidiano – um pouco excêntrico – o mundo paralelo que ocorre na escola de Tênis onde a própria família Incandeza vive e muitos estudantes (Internatos) passam a maior parte do tempo. Citar personagens aqui se torna uma tarefa um pouco complicada, porque eles são vários e ainda se torna um pouco complicado se fazer amizade com eles ao ponto de decorar seus nomes – por isso mesmo o uso de post its, marcadores e caderninho é essencial. Sabemos que nessa escola o tênis é a principal atividade a ser estudada – além da cinegrafia e do entretenimento, onde através do Mario e Hal Incandenza vemos que existem diversas matérias sobre o assunto a serem estudadas – e que dai se constrói a carreira profissional de cada estudando que passa por esse local. Por isso mesmo vemos que nos bastidores pode rolar até mesmo uma espécie de “corrupção” e uso de suborno para que alguns desses alunos sempre se tornem os melhores – como por exemplo, acontece com o Michael Pemulis e seu comércio de “Xixi limpo” para os exames antidopings. Casa Ennet: Logo ao lado da ATE se localiza a Casa de Reabilitação ao uso de drogas e álcool (sic) Ennet. Aqui é visto um pouco da lógica utilizada pelo David em relacionar a casa de reabilitação sendo tão próxima da ATE, onde vários de seus estudantes são também usuários – as escondidas – de drogas ilícitas. Através da clinica – e não somente nela – conhecemos diversos relatos de usuários contra o controle do uso de drogas. O David é muito meticuloso em dar nomes aos mais variados tipos de drogas, além de descrever meticulosamente os diversos efeitos que cada uma provoca. É uma obra de arte de tão especifica. Nessa mesma clinica – quem for esperto – vai conhecer alguns personagens já citados logo no inicio da história, conhecendo mais um pouco sobre eles. Os Cadeirantes Assassinos – AFR (Assassins des Fauteuils Rollents): Só mesmo David Foster Wallace (vamos começar a chama-lo de DFW?) para criar como inimigos número um da ONAM – ah, depois procure o que significa o termo “Onanismo” ou “Onanista” no dicionário – bandidos em cadeiras de roda! Isso mesmo! Bandidos em cadeiras de rodas, sem pernas, aleijados, deficientes. Haha. Os AFR’s são membros Quebequenses Separatistas que querem se ver livre do poder exercido pela ONAM. O mais engraçado – isso numa imensa nota de rodapé – é a forma de ingressão de cada membro para dentro do grupo. Muito hilário. Fez-me lembrar de algo que não estou lembrado agora. Em certo momento vemos uma cena em que o agente Marathe – que finge estar fingindo ser um espião vira-casaca – conversa com o agente Steeply – um sujeito que está transvestido de mulher – sobre coisas como o amor. Nessa cena podemos ver que ambos possuem pontos de vista tão diferentes que acabam de alguma forma se unindo em seus discursos. Ambos também discutem sobre o que está causando um rebuliço entre os grupos separatistas, que é o tão famoso cartucho – como se fossem fitas de vídeo – que está matando (ou não) milhares de pessoas ao redor da ONAM – como por exemplo, o adido médico. Daí, através dessa discursão, começamos a entender o que possa está acontecendo de principal no enredo do livro – O TÃO FAMOSO CARTUCHO DE ENTRETENIMENTO CRIADO POR JAMES INCANDEZA CAPAZ DE SE TORNAR UMA ARMA. Mas a pergunta é: Quem disseminou esse cartucho? A família Incandenza: Por fim falaremos dos Incandenza, esses que estão sendo mais apresentados aos leitores a cada página lida e onde cada um está com um papel importante, um ponto de vista diferenciado da história em si. Hal nos é apresentado um pouco mais velho, se tornando líder – amigão – de alguns estudantes. Vemo-lo um pouco mais rebelde – interiormente – e desligadão – externamente. Mario parece a cada dia querer mais seguir os passos do pai, se enredar para o ramo da filmografia. Há uma cena muito hilária sobre a-primeira-tentativa-de-um-quase-encontro-romântico de Mario que torna ele ainda mais humano e por fora do universo que gira ao seu redor. Orin basicamente não aparece até o momento, apenas em algumas citações e quando liga para falar com Hal. Isso dá a ele uma certa antipatia com o leitor. Espero que isso mude. Ainda nesse núcleo nos foi apresentado um texto sobre uma conversa franca entre um pai e seu filho. Muito depois é que vamos descobrir que os dois se tratam nada menos que James Incandeza tendo uma conversa com seu pai. Com isso conseguimos descobrir o porquê do tênis em sua vida, como ele tornou isso tudo tão importante. Narração: A narração do livro aos poucos se torna uma companheira. Tem momentos em que o DFW está nos apresentando uma história em terceira pessoa, demonstrando lugares, processos e sentimentos do ponto de vista onírico. Já em outros ele está em primeira pessoa, fazendo com que a narração se torne tão íntima que nos permite pensar que talvez o próprio autor esteja narrando algo pessoal, biográfico. Ponto importante: Quero destacar aqui um dos pontos que mais gostei ter lido nessas cem páginas que foi como o autor nos apresentou a teoria sobre o fracasso da indústria da videotelefonia. Primeiro que adoro teorias – até porque sou economista e me amarro nisso de teorias que envolvam a indústria e o comercio – e a forma como DFW descreveu com perfeição as causas para ninguém mais se interessar em conversar via chamada de vídeo me impressionou. Muito foda! Então é isso! Espero terem gostado do que rolou por essa semana e também espero que todos compareçam na próxima semana para mais cem páginas. Se você está lendo esse tijolão, ótimo! Acompanhe-me nessa aventura e deixe seus comentários logo abaixo. Lembre-se de visitar a página dos vídeos do Bodega no youtube e compartilhar esse momento de leitura com os amigos. Até a próxima! Por Rodolfo Vilar Obs: Post referente as páginas 04 à 94 Olá para você que está lendo este post e assim como eu, está sofrendo um sério risco de ter tendinite aguda de sempre está carregando o 1,5 kg para todos os lados. Eba! Já se passaram 90 páginas bem rapidinho ein? Quer dizer, na verdade foram mais de 90 páginas se formos contar as longuíssimas notas de rodapé que chegam a quase três ou quatro páginas. Então posso dizer que até o momento o livro está sendo uma aventura que nunca tinha me proporcionado experimentar. E além de exercitar os músculos em desloca-lo, está também exercitando a mente. Quando gosto de um livro procuro saber mais sobre ele antes de comprar, daí procuro vídeos na internet com resenhas ou posts em blogs que me digam um favorecer bom para alimentar o meu desejo de compra. Acontece que esse livro é muito pouco comentado nos círculos literários e entendo muito bem o fator que leva a isso. O primeiro deles é por se tratar de um livro denso e com leitura lenta, o que provoca o sentimento de vácuo e enjoo no leitor (Enjoo no sentido de não permanecer tanto tempo com um mesmo livro). O segundo é sua temática (apenas digo isso). Como já dito anteriormente, conheci o livro através da Tati Feltrin (lá do canal no youtube) e com isso já foi o suficiente para me fazer lê-lo. Ocorreu-me que bateu uma vontade danada de fazer vídeo relatando a minha experiência de leitura, afinal de contas existem poucos vídeos no youtube à cerca do livro e fazendo isso estaria ajudando alguns a descobrirem o livro, coisa que aconteceu comigo. Mas confesso que não sou um adepto de câmeras de vídeo e muito menos de falar em público (ou para o público), além de querer manter intacta a cultura da “Resenha escrita” que muitos blogs literários vêm perdendo nos tempos atuais. Então sendo assim – caso a vontade de gravar vídeo se torne extrema – continuarei publicando as resenhas no meu bom, amigável e velho método escrito. – Mas a vontade surgiu e para você assistir ao vídeo você pode ir até o canal no link abaixo. (Lembre-se de se inscrever) Foi nessas procuras também que conheci um site super bacana chamado “Posfácio”, lá eles além de comentarem sobre livros e sobre o mundo literário, também promoveu no inicio de dezembro – o projeto está chegando ao fim esse mês – o desafio Verão Infinito, que nada mais era que uma leitura comunitária – como proposta motivacional – de Graça Infinita. Então algumas vezes estarei citando trechos publicados no site deles sobre o livro (quando isso ocorrer usarei o código PSF, para designar que é uma citação) para melhor explicação sobre alguns fatos.
Bom, mas agora vamos deixar de lero lero e falar sobre o livro não é mesmo? Sobre o livro: Como muitos disseram, o livro é porrada! E é mesmo. Para os que não acompanharam a introdução sobre o meu projeto de leitura, pode clicar aqui e descobrir a sinopse do livro e outras informações sobre o projeto, além do método de leitura/resenha. O que irei falar não diz respeito a conspirações, teorias ou significado literário que giram em torno do livro. Eu, Rodolfo, apenas lerei o livro e direi os meus pareceres sobre como foi ter lido a obra e um pouco sobre a forma como ele é construído, além de seus personagens. Os Anos: Primeiro que temos a falar é a maneira como os anos no enredo de Graça Infinita são categorizados. Diferente do convencional, em que temos o ano de 2010, 2011, 2000, na ONAM os anos foram vendidos a grandes corporações, onde essas introduziram os seus produtos como ano regente de cada período. Sendo assim temos O ano Feliz, O ano da Frauda geriátrica Depend, Ano do Emplastro medicinal Tucks, Ano dos laticínios do coração da América, Ano do chocolate Dove Tamanho-boquinha e etc. Ou seja, fica um pouco estranho conseguir logo de cara saber identificar a cronologia da história, uma vez que ela não segue um padrão enquanto o enredo se desenvolve. Isso só é possível quando o próprio narrador nos diz a idade do personagem Hall, onde, por exemplo, em Ano Feliz ele está perto dos 18 anos, no AFGD com 17, no AEMT perto de 10 ou 11 e assim etc. Então a dica é pegar uma canetinha e papel e ficar ligado em anotar algumas observações. As notas de rodapé: Outra coisa bem curiosa são as notas de rodapé existentes no livro. Se você tem preguiça em ler notas de rodapé em livros, isso não pode acontecer em Graça Infinita. Primeiro porque elas são importantíssimas para se entender o enredo da história. Dentro das notas de rodapé – essas que também possuem notas de rodapé. haha! – existem diversas explicações e fatos importantes que darão complemento ao enredo. Pular notas ou não lê-las é comprometer o entendimento de algo que possa acontecer ou um fator importante de explicação de algum fato ali existente. Então atento as notas, porque elas são muitas (Um longo apêndice no final do livro). Narrativa e temática: Como também já falei no post anterior, todo o Graça Infinita é bastante complexo de se entender, tanto pela sua cronologia, essa que não existe logo de cara, como também pela desconstrução de narrativas e focos de núcleo. O livro nada mais é que um grande livro de crônicas reunidas para falar (nessa primeira parte lida até agora) sobre vícios – porque todo personagem tem o seu – a reabilitação causada pelo consumo das drogas – onde levam personagens a quererem se matarem – e o principal, que é a história por trás da família Incandeza, que como visto na sinopse do livro, passará por um problema em salvar-se de uma revolução causada por um filme super hilário que o patriarca da família criou e estaria sendo utilizada como arma. Além disso, a narrativa do livro é bem peculiar, uma vez que mistura o foco em primeira pessoa e muitas das vezes mudando para a visão de um terceiro. Ou seja, mais atenção ainda nesse aspecto. Outra coisa importante, somado ao fato de ser preciso ler as notas de rodapé, é a filmografia feita por esse mesmo patriarca dos Incandenza, o James O. Incandenza. Durante uma nota de rodapé é possível saber que após ele sair do ramo do tênis, ele aliou-se ao cinema, produzindo diversos filmes, dos mais variados temas, tamanhos, campanhas e que um deles é o próprio Graça Infinita, filme esse que não foi conseguido ser finalizado e transmitido por motivo não revelados até agora. A família Incandenza: Essa é umas das famílias mais peculiares que eu já li na vida, de tão hilária e diferente que é. Os Incandenza são uma família composta por três filhos: Hall (que aparece bastante na história, sendo um menino bastante intelectual e que passa a ter acessos de rebeldia quando cresce), Orin (filho mais velho, que tem pavor de baratas e passa as noites com as mães) e Mario (um menino especial que possui muito valor humano em todas as suas passagens pelo livro), ambos moram na Academia de Tênis de Enfild junto com a mãe Avril (chamada de Mães) e o pai, o próprio James O. Incandenza (chamado de Sipróprio). Outros personagens (Fonte PSF): Erdedy, o viciado que espera. Tommy Doocey, o traficante de lábio leporino, que guarda cobras em um aquário. Don Gately, o viciado que invade casas para roubá-las e comete dois crimes igualmente sujos: prender um velho resfriado em uma cadeira e amordaçar-lhe a boca, culminando numa morte sufocante de catarro. Dr. Charles Tavis, irmão adotivo da matriarca dos Incandenza e diretor da academia de tênis no AFGD. Avril M. Tavis Incandenza, é a mãe de Orin, Mario e Hal. Ela assumiu as responsabilidades da academia de tênis depois da morte de James O. Incandenza. Jim Troelsch, membro da academia de tênis. Michael Pemulis, membro da academia de tênis e um ser um pouco perturbado. Gerhardt Schtitt, técnico e diretor esportivo da academia de tênis. Um alemão com tendências fascistas, muito admirado por James O. Incandenza e também por Mario, com quem tem uma relação mais próximas que de outros membros e alunos da academia. Míni Ewell, um alcoólatra. Encontramos ele durante suas desintoxicação e ficamos sabendo um pouco sobre a sua história. Remy Marathe, é membro do AFR – os assassinos cadeirantes – cuja explicação é mostrada numa nota de rodapé. M. Hugh Steeply, contato de Marathe. Praticamente um agente duplo. Foram até agora apenas noventa páginas, mas o suficiente para produzir quase uma dissertação sobre o livro. E que venham as próximas. Se você está lendo este post, aceite ele como uma motivação para também ler o livro e entrar de cabeça nesse mundo louco do David Foster Wallace. Acompanhe os próximos posts aqui no blog e também no canal do youtube inscrevendo-se no canal (desculpa o sotaque nordestino e o nervosismo, rs). Até a próxima! Por Rodolfo Vilar NAVEGUE POR CATEGORIAS!Para facilitar sua procura, busque abaixo na lista o nome do autor que você procura. AUTORES
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April 2021
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